quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Considerações sobre a beleza e a inteligência


"Você se acha bonita?"

Uma vez me perguntaram isso, e eu desconversei. Não ia dizer "não", mas achei que não pegava bem responder "sim". Hoje, me perguntaram a mesma coisa. E quer saber? Desta vez eu respondi que sim. Por que não? Haveria eu de mentir ou ter vergonha?

Muita gente acha arrogância, até mesmo falta de educação, admitir algo assim. Só porque se trata de algo considerado fútil. Não vejo essas pessoas criticando, por exemplo, quem se considera inteligente. Por que a vaidade é permitida para quem se orgulha do intelecto, mas não da aparência?

Na prática, vejo as duas características - beleza e inteligência - como motivo de satisfação. Uma independe da outra, portanto não as percebo como antagonistas. Justamente por isso, utilizo esse exemplo. O argumento de que "é melhor ser inteligente do que belo" é freqüentemente usado, reforçando a idéia de que essas qualidades têm alguma relação.

Se a beleza é relativa, a inteligência também é. Porque ninguém julga beleza ou inteligência, no dia-a-dia, baseado num parâmetro inquestionável. Você faz seu julgamento pessoal, que é moldado através da sua percepção. Certos tipos de aparência podem agradar a uma pessoa e não a outra, e certos tipos de raciocínio e sabedoria também.

Eu me acho bonita, sim. Lógico que há dias em que olho no espelho e me acho digna de pena. Assim como me considero uma pessoa inteligente e, no desempenho de determinadas tarefas, não me acho muito mais esperta do que um tapir.

Eu admiro a beleza nas suas mais variadas formas. Acho que o ser humano não sabe viver sem apreciar o belo. O que ele considera belo, aí já é outra conversa.

A inteligência, na minha opinião, é uma forma de beleza. Me fascina a maneira como alguém argumenta, o senso de humor indireto, o sarcasmo, a cultura. Isso vai, muito mais do que qualquer outra coisa, determinar minha atração por um homem, por exemplo.

Você pode, a partir disso, mostrar a "incoerência" do meu texto e afirmar que, então, a inteligência tem precedência sobre a beleza. Apesar de não serem características relacionadas, não disse que não considero uma mais importante do que a outra. Mas nenhuma delas é dispensável. Um homem não me atrairia, por mais inteligente que fosse, caso sua figura não fosse capaz de me despertar o desejo.

Alguns vêem na apreciação do que é belo a futilidade de uma sociedade que busca a perfeição estética. Eu vejo a beleza como coadjuvante, uma benesse. E decidi que não vou mais sentir vergonha de dizer que gosto da minha aparência.

A passagem do tempo favorece o acúmulo de conhecimento, mas aos poucos rouba a juventude, "fonte" da beleza digna de admiração, outrora objeto de poder. Não sou mais tão novinha, nem tão magra, nem sou mais o que se considera "padrão". Resumindo: já não sou tão bonita como antes; mas, curiosamente, hoje gosto muito mais de mim, me aceito mais.

Talvez eu esteja mais sábia.

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

O medo e certas descobertas

Talvez eu já tenha escrito algo sobre esse assunto aqui, não tenho certeza e não estou a fim de procurar. Mas acho que, se mencionei, foi por alto. Então vou elaborar:

Todo mundo tem medo. E todo mundo detesta essa sensação, tem medo de sentir medo.

Sei lá. Até pouco tempo atrás, o medo me impedia de fazer as coisas. Eu ficava apavorada, insone, pensando no que eu tinha medo que acontecesse. Na merda que ia ser a minha vida caso meu medo se concretizasse. Por causa dessa atitude, acho que posso não ter aproveitado 100% das coisas e situações que eram legais, por pensar nas maneiras que existiam de elas darem errado.

Eu também deixava de tentar coisas novas, de me "aventurar", digamos assim, por medo. Medo de que? Sei lá. De me magoar, de fracassar, de decepcionar os outros. Mesmo quando havia uma grande probabilidade de sucesso, era no fracasso que eu pensava. Isso, em parte, vem do meu pessimismo (que acredita que surpresas agradáveis são melhores que as desagradáveis, e por isso é melhor a gente estar sempre preparado para o pior). E em parte vem da criação que eu recebi, onde a segurança e a menor margem de erro possível são supervalorizadas.

Enfim. Hoje eu tô vivendo dentro de um dos cenários dos meus medos: outra cidade, sem emprego fixo, longe da família e dos amigos de longa data. E tô bem. Melhor do que eu esperava.

Claro que fiz novos amigos, com quem posso contar (dei sorte). E claro que meu namorado me apóia no que pode, a fim de facilitar ao máximo a adaptação e suprir qualquer carência que venha a surgir. Mas a verdade é que quase nada é tão difícil ou tão ruim quanto a gente imagina, e essa é a maior descoberta que eu fiz nos últimos tempos.

Trabalhar sozinha não é tão fácil, mas também não é horrível. Fiquei nervosa no começo, na primeira vez que encarei um projeto sozinha; mas consegui fazer. E sem pedir ajuda a ninguém. E pronto: um monstro foi abatido.

Já ando de carro pra lá e pra cá por São Paulo, e aprender não foi tão complicado quanto eu imaginei que seria. Na verdade, foi até divertido. Outro monstro que se foi.

Um monstro que metia muito medo era a saudade da família. Esse é mais resistente, e às vezes vem puxar o pé da gente de noite. Mas dá para conviver. Afinal, não estou tão longe assim. Se a saudade aperta demais, é hora de viajar.

Mas uma das descobertas mais legais, veio de repente. Eu tinha muito medo de ser comparada aos outros. De não ser tão competente, tão culta, tão justa, tão boa, etc. etc. E, ao mudar minha maneira de viver e ao me relacionar (e observar) pessoas diferentes, eu vi que:

1. Eu não sou píor que ninguém, e que as pessoas costumam ter boas opiniões a meu respeito. Melhores que as minhas prórias.

2. Eu superestimava certas pessoas. Elas são de carne e osso, e têm tantos ou mais defeitos que eu.

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Meus males


Ok, eu devo estar ficando velha. Ou devo estar com baixa imunidade. Ou devo estar estressada demais. Ou simplesmente tenho o que todo mundo tem, mas sou tão fresca que só eu me incomodo com essas coisas.

Já tem uns 10 anos que eu não durmo bem, mas ultimamente tem estado pior. Desde que me mudei, não me adaptei aos novos barulhos, à rotina da nova casa, à cama de solteiro. Tem alguns meses que eu não durmo direito, com exceção de alguns dias isolados, quando eu não estava isolada. Long story.

Dor de cabeça, ah, a dor de cabeça! Grande companheira minha, essa. Eu já fui ao oculista (tá, oftalmologista), já fiz eletro, já fui ao neurologista, já parei de tomar um remédio que eu precisava. Deu uma melhorada, mas ela voltou. Já tentei fazer uma associação entre as fases do ciclo menstrual e, inicialmente, parecia haver uma relação. Mas nah, foi um decoy. Absolutamente sem causa aparente. Então, é claro, a gente põe na conta do tão culpado stress.

Tive umas 3 gripes seguidas, com intervalo de poucas semanas entre elas. O pior é que não tinha ninguém gripado em casa, nem nos lugares que eu freqüento. Só eu, e EU que passei a gripe pros outros. A merda é que eu perdi meu recorde de sei-lá-quantos anos sem gripe. Saco.

Nem vou falar da minha pele, porque ela está calma essa semana. Vai que ela se irrita... Ela é temperamental, melhor deixar quieto.

Ah, sim. Agora dei para ter falta de ar e asma, depois de uns 7 anos sem nem saber o que é isso. Pelo menos eu meto xarope pra dentro, e mantenho sob controle. Às vezes o xarope dá uma tremedeira, se você não tomar cuidado e exagerar um pouco na dose. Sinistro, mas maneiro.

As dores nas costas e no pescoço são café-com-leite, porque sempre as senti. Claro, continuam aqui.

Hm, acho que é isso.

O legal de você reclamar num blog que está às moscas, é que não vem nenhum pentelho dizer que você tem tudo na vida e que reclama de barriga cheia. Foda-se, este espaço é meu e eu posso ser chata e resmungona o quanto eu quiser.

Rambling...

Em primeiro lugar, peço desculpas pelo post meio sem propósito, mal amarrado. Mas é a primeira vez que escrevo aqui, depois de um tempão... E apenas estou escrevendo o que vou pensando e sentindo.

Muita coisa mudou na minha vida no ano de 2005. Foi um período muito difícil. Houve sofrimento, houve aprendizado, houve decepção, houve surpresa, e houve também felicidade. Mais do que nunca, eu vi que é preciso lutar pela felicidade, que as coisas têm um preço. Até então, tudo sempre tinha vindo de graça pra mim, ou me custado muito pouco.

De alguma forma, eu hoje acho que sou uma pessoa melhor e mais completa, mais preparada para entender e apreciar o valor das coisas. O que é importante para mim, nunca mais vai escorrer pelos meus dedos.

O ano está acabando, finalmente. Em 2006, começa uma nova fase. Vou dar um rumo para a minha vida, cuidar de mim mesma. E cuidar de outra pessoa. Uma pessoa especial, um anjo caído do Céu que aterrissou no meu colo.


Os anjos tomam conta da gente, resolvem todos os problemas. Estão sempre alerta, não podem relaxar. Ninguém se lembra que anjos têm necessidades, e também sentem cansaço e solidão... Mas eu lembro. E vou cuidar do meu pra sempre.

Que acabe logo esse ano que eu nunca vou esquecer, e comece o novo.



Underneath your clothes - Shakira

You're a song
Written by the hands of God
Don't get me wrong 'cause
This might sound to you a bit odd
But you own the place
Where all my thoughts go hiding
Right under your clothes
Is where I'll find them


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things, I deserve
For being such a good girl, honey.


'Cause of you
I forgot the smart ways to lie
Because of you
I'm running out of reasons to cry
When the friends are gone
When the party's over
We will still belong to each other


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl, honey


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl
For being such a hey,hey,hey,hey


I love you more than all that's on the planet
Movin' talkin' walkin' breathing,
You know it's true
Oh baby it's so funny
You almost don't believe it
As every voice is hanging from the silence
lamps are hanging from the ceiling,
Like a lady tied to her manners
I'm tied up to this feeling.


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl, honey.


Underneath your clothes, Ah wha ho oh woah!
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl
For being such a good girl.

terça-feira, 19 de julho de 2005

quinta-feira, 7 de julho de 2005

The Gods may throw a dice...

...Their minds as cold as ice
And someone way down here
Loses someone dear


Em algum momento, na minha insignificante existência, eu irritei os Deuses. Devo ter feito algo muito sério. Agora, o que eu vivo, é conseqüência da minha maldade e desobediência.

Primeiro, eu fui negligente. Depois, eu fui imprudente. Primeiro, eu deixei morrer. Depois, eu acreditei que um recém-nascido podia caminhar com as próprias pernas. Primeiro, minha arrogância impediu de resgatar. Depois, mesmo despida de todo o orgulho, eu nada pude.

Agora, é viver um dia após o outro, como uma formiga operária. Acordar, fazer tudo no automático, voltar a dormir. Repetir tudo, eternamente, como um CD no repeat.

Para o lado oposto, que ironicamente admirei e com o qual inexplicavelmente sempre simpatizei, fica minha congratulação pela presença de espírito de fazer algo que eu sequer tentei, quando passei pela mesma situação. Tivesse tentado, poderia ser eu a salvar algo.

Mas não era meu destino. Não sei qual é o meu destino, mas não parece ser a felicidade. Essa eu tinha em minhas mãos até pouco tempo. Pensando bem, acho que nunca foi realmente minha, estava apenas emprestada.

Não posso dizer que foi uma surpresa. Eu sabia que podia acontecer, sempre soube. Até verbalizei uma vez, mas me deixei ser convencida pela sweet talk, pelo que eu queria ouvir. Fui avisada, mas coloquei no fundo da minha mente, pois o aviso veio de alguém que não me conhecia e eu deixei que isso lhe tirasse o valor.

Azar o meu, menina que quer o que não pode ter. Bem-feito para mim.

Se tudo serviu para alguma coisa, eu agora acho que creio em Deus. E meu pai tem razão, a Internet é o demônio. Destruiu minha vida, pelo menos. Para sempre, de forma irremediável.

Para quem gosta de mim, ou para quem simplesmente passa por aqui:
Seja você amigo ou "inimigo", conhecido meu ou de amigos meus, ou apenas um leitor anônimo deste blog... Por favor deixe seu comentário. Dê sua opinião, fale o que tiver vontade, deixe-me saber o que você pensa, o porque de ler estes textos.
É o meu último post, e em poucos dias este blog não mais existirá. Queria partir sabendo um pouco mais de vocês.

Abraço,

Milena

sábado, 2 de julho de 2005

Tchau


Tenho um hábito desde pequena: quando estou viajando, ao deixar um lugar do qual gostei, dou um "tchau", às vezes em silêncio, outras vezes até mesmo em voz alta. Um tchau para os lugares que visitei, para as coisas que vi, para as pessoas que conheci.

Inúmeras vezes disse "tchau, Búzios, até a próxima". É um ritual que amenizava o fim de uma temporada legal, já que nunca gostei de despedidas. É, eu não gosto de me despedir nem de lugares e coisas.

Dessa vez, eu estou dizendo um tchau definitivo. São coisas que eu não vou ver mais, um lugar que não é mais meu. Coisas que eu ajudei a escolher, lugar que eu arrumei do meu jeito.
Já chorei por ter de deixá-los, mas não mais. A gente anda pra frente, e eu prometi a mim mesma (e a mais alguém) que não vou mais olhar pra trás.

No entanto, rendo uma última homenagem a essas coisas que me fizeram companhia por tanto tempo, e que para a maioria das pessoas não significam nada (talvez eu seja materialista demais):

Tchau para a minha cama gigantesca, e para o meu banheiro cheio de espelhos. Tchau para o meu chão de parquet paulista, que deu um trabalhão para clarear e ficar cor de mel. Tchau para o meu armário, onde cabiam todos os meus sapatos. Tchau para o meu sofá, que já está marcado e amaciado no lugar onde eu gostava de deitar. Tchau para a minha parede mostarda, que todo mundo disse, quando eu escolhi a cor, que eu era maluca e que depois de pronta todo mundo gostou.


Tchau para a árvore em frente à minha varanda, que me deixava andar pelada pela casa sem ninguém me ver.

Tchau para a Elvis, que rói tudo que é fio, e que esta semana roeu o cabo da NET, mas que adora cafuné. E tchau para o Pouca Coisa, que também não vai com a mamãe, apesar da carinha linda.
Tchau para o Deri, que resolvia um monte de pepino e deixava meus convidados pararem na garagem. E tchau para o Antônio, que lavava meu carro com cuidado.
Tchau para a Idália, que é mais do que uma empregada, é uma segunda mãe (um dia vou te buscar, você ainda vai trabalhar comigo de novo).

Tchau para o shopping, que era uma merda e hoje em dia tá até legalzinho. Tchau para a farmácia da rua, que apesar de cara pra cacete, vendia remédio sem receita. Tchau para o salão de beleza, que, apesar dos preços exorbitantes, tinha uma menina que fazia uma unha supimpa.

E tchau para a Gávea. De tudo na lista, é justamente do que eu não vou sentir falta. Apesar de ser considerado uma das melhores qualidades de vida do Rio, não acho graça nesse bairro.
Trânsito demais, barulho demais, gente demais concentrada. Um bairro comum, mas que os moradores encaram como se fosse o Paraíso na Terra. Nem longe demais da praia, nem perto o suficiente. Muito ônibus na rua, sem metrô, meio contramão para arrumar condução para qualquer lugar. Estacionamento então, nem pensar. Bairro que também serve de acesso e passagem, de prédio grudado um no outro. E onde falta luz direto.
Tchau pra você, Gávea.


Phase III begins.

domingo, 26 de junho de 2005

O pobre e o carro

O pobre tem uma relação especial com seu carro. Parte da demonstração de amor e cuidado com esse objeto inclui sua personalização, de maneira descaracterizá-lo totalmente, tornando-o tão diferente quanto possível do que era ao deixar a fábrica, em tempos longínquos.

Essa personalização inclui, em 10 de 10 casos, filme no vidro. O mais negro possível, claro. Daqueles que não deixam você ver o que tem dentro, nem o pobre ver o que tem fora. Ou seja, daqueles tipos de insulfilm que só tornam possível que se trafegue durante o dia, em dias ensolarados. Isso mesmo: por isso que você vê muito esse tipo de veículo na orla, no fim de semana.
Ah, um detalhe: o ideal é quando a cor do veículo contrasta com a negritude do filme, como acontece, por exemplo, em carros brancos, vermelhos, dourados, etc.

Outro acessório do carro tunado de pobre (atenção para o pleonasmo) é o aerofólio, peça indispensável para quem quer enfeiar o carro e ao mesmo tempo gastar mais combustível.

Rebaixar o automóvel também é uma medida muito popular. Assim como o escapamento barulhento, para parecer que o carro tem "turbo", saca? Para o pobre, passar dentro de túnel é um sonho, pois ele consegue incomodar um maior número de pessoas.

Aliás, incomodar o máximo de pessoas é um objetivo constante do pobre que investe suas economias no carro. Ele pode estar com o nome sujo na praça, estar sem emprego, sem mulher, o escambau. Mas o verdadeiro pobre amante de carro gasta sua graninha num sistema "animal" de som.
Ele gosta de se exibir em sinais fechados, ou passar devagarinho por algum point que não tem cacife para freqüentar. Com o som no máximo volume e o carro (o dele e o dos outros) vibrando, o pobre atinge o auge da felicidade.
Nota: é impressionante como, nesses casos, invariavelmente a potência do som é inversamente proporcional à qualidade da música ouvida.

Por fim, é necessário que o pobre e seus companheiros possam identificar seu veículo de longe e, para isso, adesivos de lataria (se forem religiosos, melhor) e penduricalhos de espelho são ideais.

domingo, 19 de junho de 2005

Botafogo

Ok, eu tô agora trabalhando em Botafogo. Eu poderia dizer que, por causa disso, eu odeio ir a Botafogo. Mas a verdade é que eu já odiava Botafogo antes mesmo de ter qualquer vínculo (ainda mais um desagrável, como o trabalho) com aquele lugar.

Botafogo é um bairro escroto. Simplesmente isso. É na Zona Sul, mas parece que é na... Hm... Eu diria Zona Norte, mas seria sacanagem com a Zona Norte. Eu já morei na Zona Norte, e lá era legal. Pode até não ser "Ipanema-Leblon-Gávea" legal, mas ainda assim legal. E Botafogo não é.

Eu ando uns 2 quarteirões pra ir do estacionamento ao trabalho, e uns 3 para ir até o restaurante da hora do almoço. O que tem de gente estranha, mendigo, boteco, oficina, feira e barraca disso e daquilo na rua, é brincadeira.
Sem contar que em Botafogo é default levar o cachorro pra cagar na calçada. Não no canteiro, no meio-fio, ou na rua. Mas no MEIO da calçada, mesmo. Tem uma rua lá que é merda de cachorro do começo ao fim, tudo espalhado na calçada, como um patê numa fatia de pão.

Putaqueopariu. Eu odeio aquele lugar. Até o shopping é uma merda.

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço!


Adoro discursos inflamados sobre hipocrisia, de gente hipócrita.
Piro com relatos sobre a importância da generosidade, por gente mesquinha.
Gozo, só de ver o valor da honestidade ressaltado por gente corrupta.
Fico extasiada quando a lealdade é valorizada por gente desleal.

Poderia continuar, por páginas e páginas... Afinal, é assim desde que o mundo é mundo, não?

Todos juntos, agora: um grande FODA-SE para coerência!!! Êêêêêêê... \o/

terça-feira, 31 de maio de 2005

Sentimentos conflitantes


Eu poderia dizer que, de vez em quando, sou um poço de contradição. Não um Yin e um Yang que se complementam, mas que são antagônicos.

Às vezes algo não acontece e eu penso "que bom que não", ao mesmo tempo em que sinto "que pena que ainda não".

Saco. Um dia eu jogo tudo pro alto e só faço o que eu quero.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

Phase II begins:

Uma pessoa acreditou e depositou sua confiança em mim. Tenho por ela um grande sentimento de carinho e gratidão.
Eu fui lá, fiz o meu melhor. Consegui cumprir minha função, espero não ter decepcionado.

Agora, outra pessoa decidiu me dar uma chance, confiar em mim.
Emprego melhor, salário melhor. Mais desafios, mais criatividade, mais responsabilidade. Outra experiência.

Mais um que aposta na "desconhecida" aqui. E mais um que eu espero não decepcionar.

sábado, 21 de maio de 2005

Até que se prove o contrário

Dica para ganhar uma discussão ou se criar um mito:

É muito mais difícil provar que uma coisa NÃO existe do que provar que ela existe.

Exemplo:

Se eu quiser, eu posso sair por aí dizendo que eu falo esperanto. Você vai chegar para mim e dizer: _ Mentira, você não fala esperanto. Prove-me.
Ao que eu vou responder: _ Prove-me você de que eu não falo esperanto.

Então, naturalmente, você vai me mandar falar ou ler algo em esperanto. E eu, naturalmente, vou me recusar. Você, naturalmente, vai presumir, a partir da minha recusa, que essa é a prova de que eu não falo a língua e, na sua cabeça, a discussão estaria ganha.

Besteira. Você não provou nada.

Eu posso te enrolar e alegar que eu não li nem falei nada porque não quis, porque não estava com vontade. Ainda que alguém venha falar comigo em esperanto e eu não responda, você não poderá PROVAR que eu não estava entendendo o que foi dito. Ainda que a minha vida dependesse de uma informação essencial que só pudesse me ser fornecida em esperanto, eu poderia justificar dizendo que preferia morrer a falar esperanto.

Assim, a discussão se arrasta por horas e, apesar de você ter certeza, na sua cabeça, que eu não falo a porra do esperanto, você não pode provar, tecnicamente, para fins legais ou de maneira absoluta e incontestável, que eu NÃO falo a porra do esperanto.

É como o Seinfeld no episódio da corrida. "I choose not to run".
Perfeito. Redondo. Incontestável. E irritante pra caralho.

Se você quer ganhar uma discussão, é simples: procure um ponto de vista que não pode ser provado em contrário.

PS: Provar que eu efetivamente falo a porra do esperanto seria bem mais fácil.

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Faxina

Hoje eu terminei mais cedo o que tinha que fazer no trabalho, e pensei "beleza! Vou ficar bundando na net...".

Fiquei decepcionada de encontrar todas as comunidades do Orkut paradas, um no donut atrás do outro... Um saco.
Me deu a louca então, e resolvi fazer uma limpa nas minhas comunidades. Há um tempo atrás eu já tinha feito isso e, de 44 comunidades, tinha passado para 25. Hoje, consegui ficar com apenas 9.
Como o Orkut anda mais que lerdo, pelo menos agora eu eliminei um clique de mouse do processo e consigo acessar todas as comunidades da minha home. Além do que, eu não postava mais nas outras mesmo, eram só um statement. Então não fez diferença.

Ninguém atualiza mais o fotolog, ou seja, nada para ver por lá as well.
Como também não tiro fotos novas há um tempão e perdi o tesão de discutir com as baranguinhas invejosas que me deixavam recadinhos desaforados, desencanei do flog. Pelo menos até sentir vontade de postar novamente.

A única coisa que ainda mantenho com uma certa disciplina é essa porcaria aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

Siglas

Existem um monte delas que são usadas no dia-a-dia. Eu acho legal e uso bastante, informalmente.

Tem as comuns que todo mundo sabe o que significa, como por exemplo: FDS.

Tem as que a galera usa na net, tipo LOL, ROFL, etc.

Há ainda as mal educadas, legais para xingar alguém por escrito quando se está com preguiça de digitar tudo por extenso: "Ah, PQP, bando de FDP, VSF!"

Tem as chiques, como RSVP, e as analfabetas, como CB (= sangue bom) e GG (= joinha, joinha).

E, para quem fala o idioma, ainda tem as siglas em inglês, como ASAP, WTF, MIA, DOA, AWOL, etc. etc.

Eu acabei de criar uma sigla: MACUBCN.
Mas não vou dizer o que significa, hehe. :)

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Panela de Pressão


Sabe aquelas frases perfeitas para determinadas situações, que você sonha um dia poder usar no contexto para o qual foi criada?

Exemplo hipotético: um cara tá comendo a mãe do chefe. Aí chega o chefe e fala pra ele “porra, Fulano, deixa de ser viadinho!”. E o cara se depara com a oportunidade de usar a melhor frase do mundo nessa hora, uma sob encomenda...
O único problema é que se ele retrucar “pergunta pra sua mãe se eu sou viadinho”, ele será demitido. E então ele engole a frustração e deixa a resposta dos sonhos ir embora.

O chato é que sempre que o timing é perfeito, algo te impede de falar. Isso mata, sabia?

quarta-feira, 4 de maio de 2005

Notas randômicas


- Aruba é um lugar onde venta muito, mal dá pra ficar na praia sem levar chicotadas da areia.
Acho que tem um portal dimensional que traz o vento de Aruba direto para a porta do meu trabalho. Do outro lado na rua, não tem vento. É só na calçada da empresa. Sinistro.
Uma coisa curiosa, é que o vento sempre sopra de trás pra frente, independente da direção em que você esteja indo. Vire eu para a esquerda ou para a direita, não importa. O cabelo sempre vai parar na minha cara.


- Eu sempre pego a mesma música, no mesmo lugar do trajeto casa/trabalho: “I got my mind set on you, I got my mind set on you”...
Na volta também toca uma música, mas nem sempre no mesmo trecho. Geralmente, eu tô na praia de Copacabana, quando ouço “I love you just the way you aaaaaaare”.
Maneiro.

- Esqueci de carregar meu celular hoje, e não trouxe o carregador. Arrumei um aqui da mesma marca do meu telefone. Parece igualzinho ao meu. E encaixou.
Espero que o celular não exploda, ou que a bateria não dê um piti e pare de funcionar direito.

- Acabei de pegar uma jujuba mutante: metade vermelha, metade cor de abóbora. :)

segunda-feira, 2 de maio de 2005

Ainda vale

O livro O príncipe, de Maquiavel, foi escrito em 1513, mas continua atual. É de impressionar como, apesar de todas as mudanças na sociedade, a natureza humana continua igual.
Entra século, sai século, o homem segue fazendo as mesmas promessas, as mesmas ameaças, perseguindo os mesmos objetivos, cobiçando as mesmas coisas.

Antes, o poder estava nas mãos dos príncipes, dos nobres, do clero. Agora, está nas mãos dos políticos, dos mega-empresários, das celebridades “formadoras de opinião” (cruzes!).
Antes, o homem mais poderoso podia escolher uma mulher de linhagem mais nobre e com um dote maior. Hoje, o coroa rico que tem um porsche e uma ilha em Angra, come a modelo/atriz mais novinha e gostosa da academia.

Mudam os atores, muda o cenário, muda a linguagem, mas o roteiro é o mesmo.

Abaixo, trecho do livro.


Capítulo XVII - Parágrafo 2

“Chegamos assim à questão de saber se é melhor ser amado do que temido. A resposta é que seria desejável ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal combinação é difícil, é muito mais seguro ser temido, se for preciso optar. De fato, pode-se dizer dos homens, de modo geral, que são ingratos, volúveis, dissimulados; procuram se esquivar dos perigos e são gananciosos; se o príncipe os beneficia, estão inteiramente do seu lado. Como já disse, oferecem seu próprio sangue, o patrimônio, sua vida e os filhos, desde que a necessidade seja remota; quando ela é iminente, fogem. Estará perdido o príncipe que tiver confiado inteiramente nas suas palavras, sem tomar cautelas, porque a amizade conquistada pelo dinheiro, e não pela grandeza de espírito, não é segura – não se pode contar com ela. Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha”.



Como diz um amigo, vida que segue...

Hospitalidade



Fiz essa tirinha hoje no trabalho, desenhando direto no Photoshop, com o mouse mesmo... Ócio é foda.


domingo, 1 de maio de 2005

Conversa de MSN 3

Dessa vez o interlocutor é outro, no entanto.


Milady diz: seguinte, chegou a parada
Milady diz: 13 reais

The One diz: Ok

Milady diz: e tá gostoso

The One diz: Hm.
The One diz: yay

Milady diz: mas o cara nao avisou

The One diz: ?

Milady diz: q o filet ja vinha com fritas
Milady diz: agora eu tenho fritas p 2 anos

The One diz: (insere emoticon de risada)

Milady diz: beleza

The One diz: Espalha na cama e rola por cima!!!

Milady diz: rs
Milady diz: puxa
Milady diz: q reótico
Milady diz: erotico*

The One diz: Não é?

Milady diz: eu faria isso com vc

The One diz: Minha batatinha sexual!
The One diz: Fazer sexo numa cama de batatas fritas
The One diz: Porra, isso foi impagável.

Milady diz: uia, acho q vou botar esse trecho da conversa no blog
Milady diz: posso?

The One diz: (insere emoticon de risada)

Milady diz: omito seu nome

The One diz: POde!!!
The One diz: Muito legal!!!
The One diz: Gostei!!!

Milady diz: oba!

Tudo é relativo II


Ok, mais revelações de caráter pessoal, desta vez sobre uma das várias coisas que estão acontecendo na minha vida, ao mesmo tempo.

Tem sempre gente escondida nos cantos escuros do caminho da gente, pronta para desejar mal ou "rogar pragas", segundo elas mesmas dizem. Too bad. Sinto informar que não acredito nisso.
Todo mundo tem altos e baixos na vida. Achar que, se eu estou passando por um revés temporário, isso é obra de um "praga", é no mínimo infantilidade, ou wishful thinking.

A pessoa nefasta pode olhar para a minha vida agora e achar que meu casamento acabou e que isso é bem feito pra mim, e que eu me sinto a última das criaturas por causa disso.

No entanto, eu vejo assim: um homem que eu achava que era uma coisa e não era, saiu da minha vida. Beleza. Antes tarde, do que MAIS tarde.
Agora, um outro entrou. Com potencial para me fazer muito mais feliz.

O saldo, na cabeça da pessoa mesquinha, é negativo. Para mim, foi positivo.

Engraçado esse lance de relatividade, não? :)

sexta-feira, 29 de abril de 2005

Eu amo o silêncio

Setor vazio, todo mundo no almoço. Só se ouve o meu digitar (e um telefone tocando na última baia... Ok, parou.).

Adoro isso. Adoro o silêncio profundo e as coisas que só posso ouvir quando o mundo todo está calado. Como os meus pensamentos, por exemplo.


Putz, esse post ficou meio melodramático...

terça-feira, 26 de abril de 2005

Death Wish

Da série "como eu queria muito esse objeto agora": um monitor Flatron de 19 polegadas novinho e uma marreta.

Não, eu não ia dar porrada no monitor novo. Ia marretar o meu, e botar o novo no lugar. Afinal, eu posso até ser louca, mas não sou burra.

Obs.: Se alguém quiser me dar o monitor, SEM a marreta, também serve. Eu acho que consigo improvisar alguma coisa com um martelo comum mesmo.

Só pra oficializar:

O dia hoje foi uma merda.

Uma chuva e um trânsito do caralho, a morte (espero que temporária) do link da Vírtua, um trabalho inútil com um deadline absurdo feito para um chefe hiperativo, sem almoço. Tudo coroado por uma cistite que contribuiu para tornar tudo mais agradável. Brigas por telefone foram o bônus.

Se o mundo desse uma paradinha, eu descia pra dar uma arejada.

segunda-feira, 25 de abril de 2005

I´m not getting any younger


Ok. Tem coisas que a gente deveria evitar, depois de uma certa idade. A menos que você seja atleta. E eu não sou.
Por isso ontem dormi à base de Dorflex.

Oh, well.

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Epifanias


- Eu seria uma pessoa mais serena se me conformasse com o fato de que toda embalagem que tem “rasgue aqui”, não rasga ali. Nem com a mão, nem com o dente. Com a tesoura, talvez as chances sejam maiores, mas mesmo assim não garanto.
Exceto a embalagem de Nescau Ball. Essa rasga direitinho. Por isso que eu sou fiel a Nescau Ball. Ainda que fosse uma merda, eu compraria! Sorte que é gostoso.

- Eu não consigo descrever a sensação de poder e de arrogância que tomou conta de mim quando desvendei um dos mistérios do universo: como fechar um fecho éclair com as mãos, sem usar o puxador.
Rá! Eu não preciso mais daquela pecinha, eu sei o segredo do encaixe dos pininhos.
Pode falar, é legal saber que você nunca mais vai precisar se preocupar se o zíper do casaco estragou bem no dia que tá fazendo um baita frio, ou se o fecho da calça não quer subir quando você está em um banheiro público.

- Depois de pensar muito, e fazer uma competição que durou bastante tempo na minha cabeça (um dos meus exercícios mentais), eu descobri qual é o carro mais escroto do mundo: a Kombi.
Decididamente, não existe carro mais patético, podre, fim-de-festa do que Kombi.
O Corcel II mereceu um honroso segundo lugar, mas a Kombi ganhou pelo simples fato absurdo de ainda ser fabricada.
Como se o mundo merecesse a renovação da frota, com Kombis zero Km nascendo por aí.

quarta-feira, 13 de abril de 2005

Voltando à programação normal

Muito movimento neste blog, ultimamente, causado por revelações de caráter pessoal. Era pra ser uma coisa meio jogada no ar, nada específico. Uma decepção genérica, superada mas não esquecida.

Não sei porque, meu texto inspirou muitas respostas. Entre elas, algumas mensagens agressivas, outras melosas e expiatórias.

Eu não tô aqui pra dizer a ninguém como viver sua vida, nem pra espalhar como “Fulano” ou “Sicrano” é injusto ou escroto. Se conto minhas histórias, não uso nomes de terceiros envolvidos. E dou as MINHAS opiniões.

A partir de agora, posts agressivos ou simplesmente estúpidos e dispensáveis, serão deletados, sem direito a resposta.

terça-feira, 5 de abril de 2005

Tudo é relativo

Engraçado como você pode descobrir que alguém que você conhece há anos, e em quem confiava, na verdade não é quem você pensava que fosse. E todo o mundo punha a mão no fogo por essa pessoa, pois ela parecia tão perfeita. Mas ninguém sabe que ela sacode os ombros para você quando não tem ninguém olhando.

E engraçado como alguém que te conhece há pouco tempo pode dar provas do quanto gosta de você, do quanto sai do seu caminho para te ajudar, do quanto coloca o teu bem estar em primeiro lugar. Mas todo o mundo questiona as intenções, porque se assusta com bondade e dedicação que não têm histórico.

O mundo é doido, as pessoas são limitadas e hipócritas. Com exceção de algumas.

E eu caio, acho que vou ficar lá estirada, mas vem sempre alguém me dar a mão. Mas não é à toa: eu sempre ofereci minha mão a quem estava caído.

Para aqueles que botam o pé na frente para tropeçarmos, o que eles merecem está sempre esperando na próxima curva do caminho.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

Pessoas Satisfeitas

Antes de qualquer coisa, é preciso que eu explique o que vêm a ser “pessoas satisfeitas”. Esse é um termo que eu uso pra definir aquele tipo de gente que nunca quer saber mais, que nunca quer entender mais, que nunca quer escolher nada.

Não sei se deu pra perceber, mas pessoas satisfeitas me irritam um pouco. Ou bastante, em algumas ocasiões.

Um bom exemplo é quando a pessoa satisfeita te oferece uma informação da qual você não fazia questão, mas não te oferece a informação toda. Aí você, que não tava nem ligando praquela porcaria, fica curioso. E ela não pode satisfazer sua curiosidade.

Tipo assim:

_ Fulaninho morreu.
_ Ah, é? De quê?
_ Acidente.
_ Puxa, que chato... Acidente de quê? Trânsito?
_ Acho que sim...
_ Como assim, “acha”? Você não perguntou?
_ Ah, não me disseram, né? Então não perguntei.
_ Porra (notem que a essa altura eu já estou levemente irritada), mas você nem se interessou? Alguém MORRE e você não pergunta o mais importante?? De QUÊ que o Fulano morreu?
Tipo, pode ter sido acidente de trânsito e, se foi, ainda pode ter sido de carro ou de moto. Ele podia estar dirigindo ou ser passageiro. Se estava dirigindo, pode ter sido culpa dele ou não. Pode ter morrido na hora ou ter sido socorrido e morrido no hospital. Outras pessoas podem ter ficado feridas. Olha quantas perguntas você não fez (BASTANTE irritada, nesse estágio)!!!
Isso sem contar, claro, que ele pode ter sido atropelado. Estaria ele atravessando fora da faixa? Teria o motorista que o atropelou avançado o sinal? Teria subido na calçada, indo o matar o pobre numa situação super azarada??
E mais: e se não foi acidente de trânsito? Pode ter sido afogamento. Ou bala perdida. Pode ainda ter sido acidente de trabalho. Ele trabalhava com o quê?
_ Sabe que eu não sei?
_ Não me diga...
(e saio de perto pra não cometer assassinato)


Outra situação do dia-a-dia de uma pessoa satisfeita é a facilidade com que ela ignora certas coisas que, na minha opinião, são falhas. Uma ida ao cinema é ótima para revelar se quem está assistindo um filme ao seu lado é uma pessoa satisfeita ou não.

Se você é como eu, se sente levemente incomodado de ver, nos filmes, como um mendigo consegue ir entrando num hospital e se fantasiar de médico e ninguém achar estranho.


Sei lá. No mínimo, eu pergunto como que alguém não viu o mendigo entrar. Como que ele burlou a segurança. Como que ele sabia onde encontrar o depósito de roupas de médico (EU não sei onde fica, ia ter que perder mó tempo procurando). Se ninguém reparou que ele não tem crachá. Se a equipe é tão desunida a ponto de ninguém conhecer quem trabalha lá. Se ninguém percebeu que ele fede, ou que está sujo. Essas coisas.

A pessoa satisfeita não acha nada disso estranho. Ela simplesmente aceita que o mendigo ESTÁ no hospital, se passando por médico. E curte o filme, enquanto eu acho o filme uma merda.



Outro comportamento típico de uma pessoa satisfeita é que ela não precisa escolher nada, pois tudo lhe agrada.

_ Você quer pizza ou carne?
_ Tanto faz.
_ Mas o que você prefere?
_ Ah, tanto faz, eu gosto dos dois.
_ Tá, mas qual você gosta MAIS??
_ Ah, depende do dia.
_ Ok, hoje?
_ Ah, hoje tanto faz.
_ Ok, pizza então. De quê você quer?
_ Do que você quiser...
_ Ok, pepperoni.
_ Aaahhh... Pepperoni eu não gosto muito...
_ Foda-se.

quarta-feira, 30 de março de 2005

Post-A-Palooza


# 1 - Por que será que todo mundo que cisma de usar calça de couro, tem justamente o tipo físico menos indicado para tal? Gente com uns quilinhos acima do peso, de pernas grossas ou bunda grande, simplesmente TEM que aceitar o fato de que não nasceu pra usar calça de couro. EU aceito, pô, por que o resto não pode?

# 2 - Sabe o que eu acho engraçado? Aquele cara todo abusadinho no trânsito, que quer porque quer enfiar o carro entre a sua pista e o meio-fio (porque quer passar na sua frente, mas não quer entrar na fila), não andar quando abre o sinal. Ele fez questão de ficar na sua frente, mas vai molengando. Taí algo que foge totalmente à minha compreensão.

# 3 - De mais ou menos 3 em 3 meses, eu sou agredida por uns 5 minutos de TV aberta. A cada vez, eu saio convencida de que eu nunca vou recuperar esses 5 minutos e que, estivesse eu fazendo qualquer outra coisa, teria empregado melhor o meu tempo.
Por conta desses 5 minutos, eu vou ter que limpar o meu cérebro da imagem irritante do Gilberto Barros (Who the fuck?...)e seus mini-pés e mini-mãos. Odeio homens de mãos e pés pequenos. Os pés, então, ficam parecendo patinhas de bode...


# 4 - No mesmo molde injusto/mau do parágrafo acima, é meu comentário seguinte: alguém já reparou que o Luciano, da dupla Zezé di Camargo e Luciano (credo...), engorda só no rosto?
Explicação: o dito cujo vai fazendo lipo atrás de lipo na pança, mantendo assim o peso, ainda que forçadamente. Mas a cara continua aumentando. Ele pode hoje pesar a mesma merda que há alguns anos, mas a cabeça é de um homem de pelo menos 200 kgs. Sério!


# 5 - Eu to com um pirulito recheado de chiclete na minha bolsa, to morrendo de vontade de abrir. Mas to com vergonha. Por algum motivo, não me parece muito profissional chupar pirulitos no trabalho. Saco viu, esse mundo corporativo...
Vou ter que chupar o pirulito na volta pra casa. Certas coisas parecem bem mais aceitáveis quando feitas no trânsito. Vide a grande parcela de motoristas que enfiam o dedo no nariz.

# 6 - Da série “como eu queria muito esse objeto agora”: lixa de unhas.

segunda-feira, 28 de março de 2005

Desculpas

Às vezes eu falo sem pensar. Ou vejo só um lado de um argumento e não percebo como ele pode machucar alguém que o interprete de outra maneira. Mesmo não sendo intencional, por vezes alguém se magoa. E com razão.

Eu fiz alguém chorar ontem. Não porque eu quis, não porque eu sou má. Mas isso não muda como ele se sentiu por minha causa.

Eu amo essa pessoa, ela é a coisa mais importante da minha vida. E, pelo sofrimento que eu causei, eu peço as minhas mais sinceras e arrependidas desculpas.

Por favor, entende que eu te amo, e só quero a sua felicidade. Eu acho você uma pessoa bem melhor que eu.

quinta-feira, 24 de março de 2005

Cidadã Exemplar

Em uma comunidade do Orkut, fiz um tópico xingando o idiota do prefeito do Rio de Janeiro por ter contratado o show de outro idiota, o Lenny Kravitz, e fodido com o trânsito da cidade numa segunda-feira. Além de ter gastado 1 milhão e meio de dólares nessa palhaçada, é claro.

Ontem, ao chegar no meu carro, saindo do trabalho e debaixo de chuva, encontrei uma papa no meu pára-brisa que tinha um dia sido um papel. Só dava para ler a palavra “prefeitura” na margem inferior, e um baita “E” riscado, de “estacionamento proibido”, na parte de cima. Fiquei puta, achando que era uma multa.

Hoje, ao chegar para estacionar no mesmo local, eis que vejo um funcionário da prefeitura orientando os motoristas e avisando que ali se iniciaria uma obra, e que os carros parados do lado direito da rua seriam, a partir de agora, rebocados. Ou seja: o papelzinho em questão era apenas uma advertência.

Estranho, o prefeito dispensar assim a oportunidade de pegar todo mundo de surpresa e ganhar uma grana de multas. Mas não pude evitar de me sentir grata.

No final das contas, só fiquei puta com o show porque ele atrapalhou a MINHA vida, e só fiquei grata com a preocupação de avisar os motoristas incautos porque isso significa que EU não fui (nem vou ser) multada.

Que lindo sentimento é o egoísmo.

segunda-feira, 21 de março de 2005

Adendo

Claro que não se pode ter tudo. Eu não tenho dinheiro. Se você for pensar bem, seria uma puta injustiça com o resto do mundo.


Foda essa justiça divina... Só atua onde eu não quero.

Pensamento Positivo

Tudo pode estar desmoronando à sua volta... Mas se você tem uma família que te apóie, amigos com quem você possa contar, e um amor verdadeiro para te dar carinho e cuidar de você, existe a certeza de que tudo vai acabar bem.

Quando paro e penso com clareza, vejo que apesar de tudo, tudo, tudo... Sou feliz.

quinta-feira, 17 de março de 2005

Mais uma edição “eu odeio”

- Gente que chama todos os elevadores ao mesmo tempo.
Porra, é ser muito escroto.

- Gente que aperta tanto o botão de subir quanto o de descer, para chamar o elevador. Ou chamar todos os elevadores.
É ser muito burro.

- Gente que dirige com uma roda em cada pista, sem escolher um lado.
É ser muito incompetente.

- Gente que joga lixo no chão, muitas vezes até do lado da lixeira.
É ser muito porco.

- Gente que não responde quando você dá bom dia.
É ser muito nojento.

- Bicos injetores que enguiçam de um em um, e custam caro pra caralho.
É MUITA SACANAGEM!

sábado, 5 de março de 2005

Elvis Presley

Hoje eu tava vendo um filme em que o Richard Gere canta uma música do Elvis antes de entrar no chuveiro (novo post sobre isso mais tarde)... E me lembrei do quanto eu adoro Elvis. E me lembrei que eu havia me esquecido do Elvis!! Que injustiça...
Pois então para me redimir, posto aqui duas letras de músicas dele. Não são as mais famosas, mas são lindas. Eu gosto de todas, anyway.


I Love You Because

I love you because you understand dear
Every single thing I try to do.
You’re always there to lend a helping hand, dear.
I love you most of all because you’re you.


No matter what the world may say about me,
I know your love will always see me through.
I love you for the way you never doubt me.
But most of all I love you ’cause you’re you.


I love you because, because my heart is ligther
Honey everytime, everytime I’m walking by your side
And I love you, yes I love you because the future is a little bit brighter
And the door, the door of my happiness, you open wide


No matter what may be the style or season,
I know your heart will always be true.
I love you for a hundred thousand reasons,
But most of all I love you ’cause you’re you.




I'm Counting on You

All the words that I let her know
Still could not say
How much I need you so in every way
I hope you will guide me
As only you can do
Hold my hands down beside me
I’m counting on you
I’m counting on you dear
From the dawn of each day
To always come through dear
In your kind lovin’ way
If you knew just how deeply
I feel things you do
Then you know how completely
I’m counting on you
I’m counting on you dear
Around the dawn of each day
To always come true, dear
In your kind lovin’ way
If you knew just how deeply
I feel things you do
Then you know how completely
I’m counting on you

sexta-feira, 4 de março de 2005

WTF?

Tem umas coisas que a gente não sabe como foram descobertas. Como raios alguém teve a idéia de seguir um caminho tortuoso para chegar a um resultado. O chocolate é um bom exemplo.

Uma vez eu estava assistindo ao programa daquele francês casado com a Débora Bloch (não sei nem o nome dele nem o do programa, e não tô com saco de procurar no Google), e ele estava mostrando como é feito o chocolate. Cara, nem nos maiores devaneios eu conseguiria imaginar um processo tão complexo e bizarro.

- Primeiro neguinho pega só a semente do cacau, o resto sei lá para onde vai.


- Daí os carinhas ficam pisando no grão para descascar (que nem naquela novela lá que eu também não lembro o nome).

- Depois os grãos são colocados para secar/torrar ao sol.

- Depois de secos, são moídos, até se obter uma consistência pastosa. A “pasta de cacau”.

- Não sei direito como, neguinho separa essa pasta em duas coisas: o pó e a manteiga de cacau.

- Para fazer chocolate, é preciso pegar a pasta, e adicionar MAIS manteiga de cacau do que já existe naturalmente na pasta (ou seja, chocolate tem gordura pra caralho).

- Depois de adicionada a quantidade extra de manteiga, é adicionado o açúcar, e tudo é aquecido até derreter e se misturar, e depois congelado.

- Como existe um cristal (sei lá porque “cristal”, mas foi o que os caras disseram) na composição do chocolate que derrete aos 18° C, tem que fazer o seguinte: derreter a parada toda de NOVO, para quebrar o tal do cristal, e depois congelar outra vez.

- Aí sim, o chocolate ta pronto para consumo, porque só derrete aos 34° C (ou 36° C, não lembro bem).


Porra. Na boa, eu teria parado na pasta de cacau (levando em consideração que já considero um puta requinte besta o processo de secagem da semente).
Por que cacete alguém decidiu separar a pasta em pó e manteiga, e ainda juntar parte disso a uma porção de pasta que tinha deixado reservada??
E tipo, depois de fazer essa merda toda, o cidadão deve ter notado que a porcaria do troço derretia assim que ele encostava os dedos. Podia ter desistido, mas não. Ele foi lá, derreteu tudo de novo, botou pra esfriar de novo. Vai ser insistente assim no inferno.

Por essas e outras que eu duvido que essas coisas tenham sido feitas conscientemente. Aposto que é cagada. O cara devia estar tentando fazer outra coisa, ou estava mesmo só futucando o cacau.
Por acaso, deu certo.

Ah, e outra coisa: “chocolate” branco (eca!) não leva pó de cacau. É só uma mistureba nojenta de manteiga de cacau e açúcar.
Então, não vale chamar de chocolate, ok?

quarta-feira, 2 de março de 2005

Pânico em ciclos

É mais ou menos assim que eu funciono, quando me deparo com algo desconhecido.

Primeiro estágio: enquanto a ficha ainda não cai, eu permaneço calma.

Segundo estágio: começo a pensar no que pode acontecer, ou em como vou ter que fazer para resolver ou lidar com a situação.

Terceiro estágio: pânico puro. Intenso e silencioso. Minha cabeça fica procurando alternativas entre as experiências que já tive, para lidar com aquela situação que ainda não conheço. Eu sempre fui assim, funciono com precedentes.

Quarto estágio: se possível, busco ajuda. Pode vir na forma da experiência necessária para lidar com o que me aflige, ou simplesmente na de um "calma, porra!" (obviamente, vai depender MUITO de quem falar). Mas nem sempre ajuda está disponível, e eventualmente esse estágio é pulado.

Quinto estágio: se me sinto incapacitada e não tenho apoio, é hora do "foda-se!". Se não sei como fazer, e não tem ninguém que saiba, o que me resta?

Sexto estágio: depois de decidir que não adianta ficar histérica, começo a me acalmar. É quando começo a pensar com mais clareza e a pensar em soluções, ainda que inéditas. Me acalmo e consigo resolver o problema.


O curioso é que SEMPRE consigo resolver. Mas simplesmente NÃO consegui ainda evitar o processo de pânico.

Sabe quando...

...Você não consegue se concentrar em nada? Seu pensamento fica voltando para o mesmo ponto, andando em círculos? Os minutos não passam? Você lê a mesma coisa cinqüenta vezes e, quando chega ao final, já esqueceu o começo? Quando você fica olhando para o vazio enquanto um filme passa na sua cabeça? Quando alguém chama o seu nome e você só ouve na terceira ou quarta vez?

Não?

Eu sei.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

I always get what I want

Tudo é tão pequeno...

Estranho que eu tenha demorado tanto para perceber que certas coisas não têm a mínima importância.

Meus objetivos estão traçados, meu futuro me espera. Nada do que acontece à volta, que não esteja diretamente relacionado aos meus planos, tem relevância. Nada pode me atingir agora.

O que antes me chateava, agora chega até a me divertir. Isso quando me dou ao trabalho de prestar atenção.

Tsc, tsc... Como a gente perde tempo com bobagens!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Tédio Profundo

Sem absolutamente NADA para fazer no momento, resolvi fazer um post idiota e totalmente dispensável sobre o que eu odeio:

ODEIO quando estou tentando ligar para alguém no celular e o cidadão NÃO atende o telefone, deixando cair na caixa postal - a irritação é instantânea. Dá vontade de deixar um recado só de palavrões, já que o cara vai pagar para ouvir.

Odeio como o cinto de segurança está na altura certinha para amassar a roupa que estava passadinha. E como fica bem em cima do meu pescoço, me enforcando de um lado, e esmaga meu seio, do outro. Alguém devia levar em conta que parte dos motoristas é baixa, e parte é mulher (e tem peitos).

Odeio quebrar unha. Você leva o maior tempão deixando a porcaria da unha crescer, e aí quebra uma; normalmente fazendo algo idiota, como abrir uma lata de refrigerante para outra pessoa.

Odeio motorista que se arrasta, deixando 200 m de pista livre à sua frente, enquanto emparelha com o carro do lado. Isso que encaralha o trânsito, em primeiro lugar. Não é afunilamento, não é acidente, não é excesso de carro. É excesso de idiotas nas ruas.

Odeio gente que tenta entrar no elevador (ou metrô, etc) antes de deixar os outros saírem. Será que não entendem que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar? Sinto vontade de pegar pelo cabelo e explicar, pausadamente: “sim, cretino, é preciso que eu SAIA para que você possa ocupar o lugar que antes era meu, ok?”.

Irritação ainda maior sinto quando estou saindo com o carro da garagem, e sempre tem um pedestre (argh!) que resolve atravessar na sua frente, apesar do barulho ensurdecedor da sirene de alerta, das luzes piscando, e do sinal de “cuidado, saída de veículos”. A coisa fofa acha que você pode ficar esperando o portão arriar na sua capota, para ela não ter que apressar ou reduzir o passo, ou – ofensa mortal – parar e esperar o carro sair.

Odeio crachá que prega na roupa. É ótimo para estragar roupas de linha, ou puxar fios de roupas de seda ou de fibra sintética. E, já que estou falando de roupa, odeio roupa que dá bolinha. Saco.



É isso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Quer bem feito...

Manda meu pai fazer. Sério. O cara é paranóico com organização, limpeza, perfeccionismo.

Como fui sugada pela máquina corporativa e agora sou uma escrava (mal) remunerada no período de 9 AM às 6 PM, estou sem tempo para fazer certas coisas do dia-a-dia. Levar meu carro para fazer a vistoria do Detran era uma delas. Então, pedi pro meu pai.

Ele prontamente aceitou. Além de ser aposentado, ele adora carros. E estava doido para botar a mão no meu. Explico: meu carro estava com alguns (pequenos) probleminhas que eu vivia prometendo que ia resolver, mas que já vinha empurrando com a barriga há algum tempo. Eram eles:

- O vidro elétrico da porta do carona estava fazendo um *leve* barulho ao subir.
- O controle de subir o vidro do carona na porta do motorista não estava funcionando.
- A trava elétrica da porta traseira esquerda não tava funcionando. Era preciso travá-la manualmente.
- Havia algumas mossinhas espalhadas pela lataria, daquelas que a gente ganha quando para em estacionamentos, ao lado de pessoas escrotas, que cismam de abrir a porta em cima do seu carro.
- O estepe não estava novo por ter sido trocado no rodízio de pneus, quando troquei os pneus da frente do meu carro, recentemente.

Para quem olha a descrição, parece até que meu carro era um ferro velho. Porra, muito pelo contrário. Tá perfeitinho, parece novo. Eu sabia que esses probleminhas eram simples de resolver e, no final das contas, não me atrapalhavam em nada. Por isso fui deixando pra lá.

Enfim, quando liguei no final da tarde, para saber como tinha ido a vistoria, fui atualizada sobre as atividades do meu pai durante o dia:

- Por achar que o cara do Detran não ia aprovar o estepe usado, ele comprou um pneu novo, just in case.
- Deu uma "passadinha" no Mágico do Amassado e tirou as mossas (já tem planos de levar o carro lá pra fazer um ou outro retoque na pintura nos lugares em que não pôde ser reparada com cera).
- Trocou o extintor, porque, segundo ele "estava próximo da data de vencimento", muito embora ainda estivesse válido.
- Mandou lavar o motor (?) e o interior do carro.
- Completou o sabãozinho que esguicha no pára-brisas.
- Tentou trocar as borrachinhas dos limpadores, só não trocou porque não achou.

Tudo em uma tarde.

Quando liguei, ele já tinha passado pela vistoria (sem problemas) e estava no eletricista, cuidando da trava e do vidro elétricos.
Viu que o vidro fazia barulho porque uma pecinha tava quebrada, mandou trocar. E descobriu que a trava não funcionava porque o botão por dentro era mais curto do que deveria e precisava de um calço, que, lógico, ele fez o carinha adaptar (sim, ele fica enchendo o saco dos mecânicos, olhando por cima do ombro). Já o botão que não funcionava, era apenas devido a um fio solto.

Ah! E, lógico, me devolveu o carro com o tanque cheio.

Falaí: meu pai é ou não é o sonho de consumo de qualquer filha?

Pena que ele exige de mim o mesmo perfeccionismo que tem.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Corre-corre

Acordar. Botar na mala do carro as coisas que vão para a casa do meu pai. Tomar banho, lavar a cabeça, comer e sair voando, penteando o cabelo pelo caminho. Ir de carona pra Cidade, já que depois meu carro vai para a Barra (vistoria do Detran). Chegar e pegar um capuccino, antes de entrar no elevador. Aprontar em 1 dia o trabalho de 2. Almoçar 350 g de comida de coelho. Pra compensar, comer um chocolate ao leite da Hershey´s (na minha cabeça faz sentido, tá?). Voltar do almoço, tomar o segundo capuccino do dia (fecha a cota). Brigar com outras meninas no banheiro por um espaço na pia para escovar os dentes. Responder e-mails pessoais, dar trocentos telefonemas, "bostar" no Orkut, verificar o Flog. Adiantar o trabalho de amanhã (não sei o que deu em mim, hoje). Ficar de bobeira esperando dar 6 horas pra ir embora.

Saudades do meu carro. E de outras coisinhas mais...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Terence Trent D´Arby

Nossa... Muito tempo que eu não ouvia Terence Trent D´Arby.... Adoro essa música! É das antigas...
Refrão em verde.


SEVEN MORE DAYS

Teardrops rusting on a steel bar
Harmonica blues
Heartblood thick enough for pine tar
I've got a hole in my delta shoes
Grown men wither and they dry away
Their lives compromised
I've gotta hold on
Struggle through another day
To see the fire in my baby's eyes

Society's debts have been more than paid
In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

Bad dreams, cornerstone realities
Bears witness to shame
Hell's gate - a landscaped brutality
All for material gain
But she's home praying on her hands & knees
That safe shall I part
But I am guilty of her memory
But there's no crime in my heart

Society's debts have been more than paid

In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

Lawful society
Says this is what you get
Tearful sobriety of
Matters that you soon regret
It all adds up to time
Debts have been more than paid

In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Quem diria...

E não é que trabalhar fora é legal?

Tudo bem que tem que ir arrumadinho (saudades de trabalhar de camisola...), não almoça comidinha feita em casa, não pode tirar aquela soneca no meio da tarde (pelo menos não quando o chefe tá olhando), e tem horários a cumprir.

Mas é legal poder ver gente (dependendo do lugar onde você trabalha, isso pode ser um problema, mas eu dei sorte), ir dirigindo cantando alto no carro, seguindo na direção contrária do trânsito doido do resto da cidade. Encontrar sempre vaga te esperando, sem precisar pagar nada. E ainda dar uma passadinha pela orla, pra dar uma espiadinha no mar antes de voltar pra casa. E chegar em 15 minutos, o sol ainda brilhando lá fora.

Ah, minha vida até que é boa, sabe? :)

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Eu devo ser MUITO importante

Hoje abri meus scraps e me deparei com uma mensagem de um cidadão que estudou comigo em 1987. Ele pediu pra entrar na minha lista de friends, eu autorizei, vá lá. Até aí...
O cara já me mandou 2 e-mails e agora deixou um scrap, com o mesmo conteúdo. Não algo que diz somente "oi, lembra de mim? Blá blá blá...". E sim mais na linha de "puxa, você me magoou, mas eu não guardo mágoa de você", coisa e tal. Mais uma vítima profissional.
Detalhe: o cara me sacaneou. Tomou o troco. Não agüentou. Ficou 18 anos pensando nisso. E agora me achou e vem dar uma de coitadinho pra cima de mim. Não vai colar.

Na mesma linha, vem um exemplo do presente. Gente que enche a boca pra dizer que não me cita em lugar nenhum, mas que recicla minhas piadas a cada frase. Gente que diz que sempre me respeitou, mas que deu a punhalada feiosa nas costas (por motivos aliás que até hoje não entendo, pois nunca tinha feito nada a essa pessoa). Gente que teve a chance de confessar o que fez, que me interpelou a respeito, e que se acovardou e não aproveitou a chance.

Eu nunca agrido meus amigos. Não primeiro. Eu sempre REAJO. E é impressionante ver como essa reação causa espanto, como se eu fosse uma louca injusta. Neguinho me fode, mas fica mordido quando é fodido de volta. Essa lógica sempre me diverte.

O legal é ver como a gente continua influenciando as pessoas mesmo depois de elas começarem a detestar e evitar a gente. Talvez seja meu intelecto superior. Sabe aquela piada do peixinho no aquário e do português? Quem sabe não é por aí?

O mais maneiro é ver a incoerência misturada à aura de righteous. Tipo: agridem, fofocam, dizem uma coisa e fazem outra por trás, te criticam como se fossem verdadeiros seres sem pecados, e cagam na saída. Na sala de terceiros ainda, que é para não sujar a própria sala e ficar bem na fita para o resto da galera.

Acho que vou mudar de profissão, vou virar adestradora. Ou hipnotizadora. O termo a ser usado vai depender do grau de inteligência do paciente.

"COMPRE BATON, COMPRE BATOOOONNN..."

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Gimme, gimme, gimme!

Engraçado como todo mundo se acha VIP. Ninguém gosta de esperar, de ser preterido, de ser ignorado. Todo mundo é a coisa mais importante do universo, e aparentemente eu estou aqui para serví-los.

Se toca o telefone, ninguém quer falar com a secretária eletrônica, porque afinal de contas, ninguém "fala com máquinas", porque todo mundo é importante demais para isso. EU tenho que atender. Claro. É pra isso que eu tô aqui, né? Pra servir a todos, à qualquer hora.

Se eu tenho um celular, isso significa que eu tenho que estar com ele grudado na orelha onde quer que eu vá. Esteja dirigindo, esteja no banheiro, esteja comendo, esteja falando com outra pessoa, esteja até em outra ligação. Foda-se, o problema é meu. Eu que me vire pra atender.

Se estou no MSN, foda-se se estou com o status de "ocupada" ou "ausente". Eu TENHO que teclar com quem abre janela comigo, certo? Afinal, se estou no computador, estou ali pra ficar de papo.

Seguinte: eu sou educada com todo mundo. Falo direito, sorrio. E neguinho acha que é a luz da minha vida, porque é tratado assim.
Eu posso ser educada, mas não estou à disposição de ninguém. Ok?

Tenho a minha vida (que, aliás, está muito bagunçada no momento) pra levar. Trabalho, cuido de casa, tenho família.
Quem é prioridade, sabe. Quem tem que ficar correndo atrás de mim, não é. Sorry. E quanto mais insistir e me encurralar, mais eu vou fugir. Pressão não funciona comigo.

Meus amigos de verdade, me dão espaço. E eu os procuro, ainda que esporadicamente. Todos eles sabem que passo por essas fases de reclusão, e não se sentem abandonados porque sabem que os amo. Não me cobram por ser assim, nem exigem que eu mude.
Posso passar um tempão sem procurar, mas quando procuro, a gente retoma de onde parou.

Sim, eu filtro as mensagens na secretária, deixo o celular tocar, e bloqueio no MSN.
Se vier me perguntar "você tava em casa?" quando a secretária atender, ou "você me bloqueou no MSN?", vai ouvir um SIM. Se ficar magoado, foi escolha sua.

Mesmo quem gosta de mim, sabe que eu não sou uma pessoa legal.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Não quer ajudar, não atrapalha, porra!

Tem gente que tem a incrível capacidade de atestar o óbvio; pega uma situação que já é uma merda, e faz questão de piorar.

Tipo: o cara sofre um acidente de carro e perde um braço. Fica lá todo fudido, desesperado, se esvaindo em sangue... Pensando em como vai fazer para continuar vivendo daquele jeito, se escapar dessa.
Chega alguém, para o carro do lado. O cara sente uma pontada de esperança, acha que a ajuda chegou.
E então ele ouve algo do tipo: "porra, mas o que você estava fazendo dirigindo com o braço para fora do carro?!?!", ou "puta que pariu, olha como ficou seu carro novo!".

Nego chega, se mete, e além de não ajudar, ainda sacaneia... Tá certo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Burrice: o mal da humanidade

Critiquem-me o quanto quiserem, mas acho que os burros deveriam nascer mortos. Essa seria uma seleção natural que faria sentido.

Por que existe gente burra, que não consegue executar as tarefas mais simples? Por que eles habitam o mesmo lugar que eu e você, e consomem recursos tão preciosos, como água potável, comida, e assentos vagos no metrô?

Porque a natureza é injusta, só por isso. E deixa gente burra ser maioria.

Acho um absurdo que eles usufruam das coisas criadas por pessoas brilhantes. Gente burra devia ter filho em casa, de cócoras, sem anestesia e sem ficar internada no hospital. Devia andar a pé, e não em qualquer espécie de veículo (que obviamente foi inventado por alguém inteligente). Devia se curar com plantas colhidas no quintal, e não se beneficiar de antibióticos e outras descobertas científicas.

Talvez dessa maneira fosse possível reduzir a quantidade assombrosa de estúpidos sobre a face da Terra.

Eu realmente, realmente, REALMENTE, odeio gente burra.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Tempo, tempo, tempo...

Pras coisas que eu quero, eu preciso de tempo para conseguir. Mas quero tudo agora. O tempo pode me dar mais, mas eu odeio esperar.
Escolha difícil.

Pras coisas que eu preciso resolver, eu também preciso de tempo. Mas nem todo mundo entende.
Às vezes é preciso confrontar, ou se recolher.

Pras coisas que eu quero viver, eu quero todo o tempo do mundo.
E VOU TER.


domingo, 30 de janeiro de 2005

Today´s fortune:

Duas contas, duas previsões:


Today's fortune:
Now is the time to try something new.

Today's fortune:
The best prophet of the future is the past.


Ok, vc sabe que está ficando doido quando começa a ver algum sentido nas coisas que o Orkut te diz...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

De novo, de novo!

Nem escrevi depois do encontro, mas foi muito legal... São Paulo me tratou muito bem, foi tudo o que eu esperava e mais um pouco!

Agora, tem reprise no Rio. Gente vindo de Sampa para a cidade maravilhosa, e gente vindo até da China!

Contando os dias...

sábado, 15 de janeiro de 2005

Tá chegando...

Ai ai ai... É amanhã. Frio na barriga. O que me espera? Diversão... Muita.

Durante a semana deu tudo errado. Ou quase tudo. Hoje deu tudo certo. Por enqüanto.

Lista, de tudo que eu tenho que levar. ODEIO fazer mala.

Um pensamento patético: pensei seriamente em imitar sotaque de paulista ao entrar no táxi (é, eu sei, eu sei...)...

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

Bonding

A interação entre mulheres é engraçada.

Rola inveja e falsidade, entre as rivais ou concorrentes. Com algumas, você não precisa nem disputar nada, simplesmente surge um antagonismo. O "santo não bate".
Nesses casos, intrigas são comuns. Ao contrário da maioria dos homens, que se enfrentam abertamente quando não vão com a cara um do outro, as mulheres costumam agir na encolha, pelas costas.
Odeio isso, mas às vezes é preciso agir assim. Senão, fica-se em desvantagem.

Volta e meia leva-se uma facada nas costas de quem você não tá esperando, ou seja: uma "amiga".
Toda mulher tem, teve ou terá pelo menos uma experiência dessas. Dói pra cacete, porque pega a gente de guarda baixa.
Mas te deixa mais esperta e, se você conseguir se prevenir, não sente tanto da próxima vez, se houver uma.

Mas tem também um lance de solidariedade que pouca gente vê, e ninguém comenta.
Aquela simpatia extrema que você sente quando vê uma mãe ou avó com um bebê no colo, e pensa, "que legal!"
Ou quando você tá num banheiro de bar ou shopping e uma menina fica menstruada de surpresa, e você se consome de pena e corre pra ajudar, dando de bom grado o último absorvente que tem na bolsa.
Quando você vai a uma loja, e vê alguém vestindo uma roupa que foi feita pra ela, e você tem que dizer "nossa, desculpa, eu não te conheço... Mas ficou perfeito em você, vc TEM que levar!". Ela vai confiar em você, e não na vendedora.
Ou, simplesmente, mulheres num consultório de ginecologista, todas esperando patra fazer a mesma coisa, todas no mesmo barco... Batendo papo.

:)

domingo, 9 de janeiro de 2005

Colinho

Tem pessoas que gostam tanto da gente, que sabem o que a gente quer e precisa antes mesmo da gente saber.
Se você quer espaço, elas notam. Se você quer colo, elas percebem. E te dão isso, sem pedir nada em troca. Só por amor.

Essas pessoas são raras. O mundo é uma merda e, de maneira geral, as pessoas também.
Por isso, se você tem pelo menos um amigo assim, você é sortudo. Eu descobri, recentemente, que tenho mais de um.

Tenho amigos antigos, daqueles que a gente só vê de vez em quando... Mas que, quando vê, é a mesma coisa! O sentimento não muda.
E tenho amigos novos... Que me surpreenderam com a delicadeza a atenção com que me trataram, mesmo me conhecendo há pouco tempo.

Uma pessoa na sua porta, sexta-feira às 10 da noite, com um sixpack de Miller gelada, um maço de Free e um sorriso pra te fazer companhia, vale ouro.
Assim como um "I´ll be there for you", simplesmente deixado como recado.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2005

Ode to friendship


Only yesterday when I was sad and I was lonely
You showed me the way to leave the past
And all it's tears behind me
Tomorrow may be even brighter than today
Since I threw my sadness away
Only yesterday


Code, more and more, each day.
I don´t even know how it´s possible, but it is...

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Ano Novo, Vida Nova!

2005 já começou com um tapa na cara. E doeu pra caralho.

Eu sempre confiei muito nas coisas que eu tinha escolhido pra mim. E agora eu vejo que a gente não escolhe nada, não tem controle sobre nada.

Eu morria de medo, era um criança assustada presa num corpo de mulher. Demorou, mas eu acordei. E agora eu não tenho mais medo de nada. Porque o tudo agora é nada, e isso tornou as coisas tão simples!

É a liberdade de se estar fudido. A paz de não poder ficar pior.

Que venha o que for, eu agora não tenho mais medo. Não tenho mais tempo pra ter medo. A vida pode me dar quantas porradas quiser, a cicatriz vai ficar e eu vou seguir em frente. Agora eu sei disso.

E nota mental: nunca, nunca, nunca mais colocar qualquer interesse que seja antes do meu.

Egoísmo é a plavra chave pra 2005. Meu mantra, daqui pra frente.

Feliz Ano Novo para todos!

sábado, 1 de janeiro de 2005

Resolução de Ano Novo

Consegui cumprir a minha primeira resolução de Ano Novo: virar o ano bêbada.
Já é um bom começo... Sempre legal alcançar objetivos.

Na verdade, por volta de meia-noite eu estava apenas alegrinha ainda, mas alterada o suficiente para não ligar quando a onda pegou na metade de baixo do meu vestido quando fui molhar meus pés (só fui ficar puta com isso hoje de tarde, quando acordei).

Aliás, eu estava alegre o suficiente para querer molhar meus pés! Puta trabalho que deu, tirar minha sandália linda e cara, no meio da praia, ficar segurando, suspendendo o vestido (que, como vcs perceberam, não adiantou) e ficar me equilibrando pra não cair de cara na água. Ou, a essa altura, na areia.
Sem contar que esqueci de tirar minha tornozeleira de cristal swarovski e agora ela tá cheia de areia.

Mas tudo bem, valeu. A água gelada me deixou feliz (eu ADORO água gelada) e a situação rendeu uma foto pra lá de engraçada, tirada pelo meu primo no momento em que eu e Maria Clara fazíamos cara de pânico quando fomos atingidas em cheio pela onda que encharcou nossa metade de baixo.
Quando ele me mandar a foto por e-mail, eu posto no flog.

Depois disso, todos subimos para o apartamento e eu continuei a beber. Posso então afirmar que aí sim, eu fiquei bêbada para a passagem oficial de ano, à 1 da manhã (horário de verão).
Além do fato de ter ficado rindo à toa e de não ter comido como de costume, não tive problemas. Isso se você não contar como problema o comentário de cunho sexual que eu fiz para o meu pai e o meu tio, a respeito da apreciação do Luciano pelo meu estado alcoolizado. Mas eles riram (talvez por constrangimento, vai saber) então eu acho que não deu nada.

Fora o gosto de cabo de guarda-chuva que sobrou na minha boca hoje, tá tudo uma belezinha. Sem dor de cabeça, sem mal-estar.
Cumpri minha primeira resolução com muito empenho e competência, veremos as próximas.

Bom 2005 pra quem passar por aqui e vir este post!