sexta-feira, 29 de abril de 2005

Eu amo o silêncio

Setor vazio, todo mundo no almoço. Só se ouve o meu digitar (e um telefone tocando na última baia... Ok, parou.).

Adoro isso. Adoro o silêncio profundo e as coisas que só posso ouvir quando o mundo todo está calado. Como os meus pensamentos, por exemplo.


Putz, esse post ficou meio melodramático...

terça-feira, 26 de abril de 2005

Death Wish

Da série "como eu queria muito esse objeto agora": um monitor Flatron de 19 polegadas novinho e uma marreta.

Não, eu não ia dar porrada no monitor novo. Ia marretar o meu, e botar o novo no lugar. Afinal, eu posso até ser louca, mas não sou burra.

Obs.: Se alguém quiser me dar o monitor, SEM a marreta, também serve. Eu acho que consigo improvisar alguma coisa com um martelo comum mesmo.

Só pra oficializar:

O dia hoje foi uma merda.

Uma chuva e um trânsito do caralho, a morte (espero que temporária) do link da Vírtua, um trabalho inútil com um deadline absurdo feito para um chefe hiperativo, sem almoço. Tudo coroado por uma cistite que contribuiu para tornar tudo mais agradável. Brigas por telefone foram o bônus.

Se o mundo desse uma paradinha, eu descia pra dar uma arejada.

segunda-feira, 25 de abril de 2005

I´m not getting any younger


Ok. Tem coisas que a gente deveria evitar, depois de uma certa idade. A menos que você seja atleta. E eu não sou.
Por isso ontem dormi à base de Dorflex.

Oh, well.

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Epifanias


- Eu seria uma pessoa mais serena se me conformasse com o fato de que toda embalagem que tem “rasgue aqui”, não rasga ali. Nem com a mão, nem com o dente. Com a tesoura, talvez as chances sejam maiores, mas mesmo assim não garanto.
Exceto a embalagem de Nescau Ball. Essa rasga direitinho. Por isso que eu sou fiel a Nescau Ball. Ainda que fosse uma merda, eu compraria! Sorte que é gostoso.

- Eu não consigo descrever a sensação de poder e de arrogância que tomou conta de mim quando desvendei um dos mistérios do universo: como fechar um fecho éclair com as mãos, sem usar o puxador.
Rá! Eu não preciso mais daquela pecinha, eu sei o segredo do encaixe dos pininhos.
Pode falar, é legal saber que você nunca mais vai precisar se preocupar se o zíper do casaco estragou bem no dia que tá fazendo um baita frio, ou se o fecho da calça não quer subir quando você está em um banheiro público.

- Depois de pensar muito, e fazer uma competição que durou bastante tempo na minha cabeça (um dos meus exercícios mentais), eu descobri qual é o carro mais escroto do mundo: a Kombi.
Decididamente, não existe carro mais patético, podre, fim-de-festa do que Kombi.
O Corcel II mereceu um honroso segundo lugar, mas a Kombi ganhou pelo simples fato absurdo de ainda ser fabricada.
Como se o mundo merecesse a renovação da frota, com Kombis zero Km nascendo por aí.

quarta-feira, 13 de abril de 2005

Voltando à programação normal

Muito movimento neste blog, ultimamente, causado por revelações de caráter pessoal. Era pra ser uma coisa meio jogada no ar, nada específico. Uma decepção genérica, superada mas não esquecida.

Não sei porque, meu texto inspirou muitas respostas. Entre elas, algumas mensagens agressivas, outras melosas e expiatórias.

Eu não tô aqui pra dizer a ninguém como viver sua vida, nem pra espalhar como “Fulano” ou “Sicrano” é injusto ou escroto. Se conto minhas histórias, não uso nomes de terceiros envolvidos. E dou as MINHAS opiniões.

A partir de agora, posts agressivos ou simplesmente estúpidos e dispensáveis, serão deletados, sem direito a resposta.

terça-feira, 5 de abril de 2005

Tudo é relativo

Engraçado como você pode descobrir que alguém que você conhece há anos, e em quem confiava, na verdade não é quem você pensava que fosse. E todo o mundo punha a mão no fogo por essa pessoa, pois ela parecia tão perfeita. Mas ninguém sabe que ela sacode os ombros para você quando não tem ninguém olhando.

E engraçado como alguém que te conhece há pouco tempo pode dar provas do quanto gosta de você, do quanto sai do seu caminho para te ajudar, do quanto coloca o teu bem estar em primeiro lugar. Mas todo o mundo questiona as intenções, porque se assusta com bondade e dedicação que não têm histórico.

O mundo é doido, as pessoas são limitadas e hipócritas. Com exceção de algumas.

E eu caio, acho que vou ficar lá estirada, mas vem sempre alguém me dar a mão. Mas não é à toa: eu sempre ofereci minha mão a quem estava caído.

Para aqueles que botam o pé na frente para tropeçarmos, o que eles merecem está sempre esperando na próxima curva do caminho.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

Pessoas Satisfeitas

Antes de qualquer coisa, é preciso que eu explique o que vêm a ser “pessoas satisfeitas”. Esse é um termo que eu uso pra definir aquele tipo de gente que nunca quer saber mais, que nunca quer entender mais, que nunca quer escolher nada.

Não sei se deu pra perceber, mas pessoas satisfeitas me irritam um pouco. Ou bastante, em algumas ocasiões.

Um bom exemplo é quando a pessoa satisfeita te oferece uma informação da qual você não fazia questão, mas não te oferece a informação toda. Aí você, que não tava nem ligando praquela porcaria, fica curioso. E ela não pode satisfazer sua curiosidade.

Tipo assim:

_ Fulaninho morreu.
_ Ah, é? De quê?
_ Acidente.
_ Puxa, que chato... Acidente de quê? Trânsito?
_ Acho que sim...
_ Como assim, “acha”? Você não perguntou?
_ Ah, não me disseram, né? Então não perguntei.
_ Porra (notem que a essa altura eu já estou levemente irritada), mas você nem se interessou? Alguém MORRE e você não pergunta o mais importante?? De QUÊ que o Fulano morreu?
Tipo, pode ter sido acidente de trânsito e, se foi, ainda pode ter sido de carro ou de moto. Ele podia estar dirigindo ou ser passageiro. Se estava dirigindo, pode ter sido culpa dele ou não. Pode ter morrido na hora ou ter sido socorrido e morrido no hospital. Outras pessoas podem ter ficado feridas. Olha quantas perguntas você não fez (BASTANTE irritada, nesse estágio)!!!
Isso sem contar, claro, que ele pode ter sido atropelado. Estaria ele atravessando fora da faixa? Teria o motorista que o atropelou avançado o sinal? Teria subido na calçada, indo o matar o pobre numa situação super azarada??
E mais: e se não foi acidente de trânsito? Pode ter sido afogamento. Ou bala perdida. Pode ainda ter sido acidente de trabalho. Ele trabalhava com o quê?
_ Sabe que eu não sei?
_ Não me diga...
(e saio de perto pra não cometer assassinato)


Outra situação do dia-a-dia de uma pessoa satisfeita é a facilidade com que ela ignora certas coisas que, na minha opinião, são falhas. Uma ida ao cinema é ótima para revelar se quem está assistindo um filme ao seu lado é uma pessoa satisfeita ou não.

Se você é como eu, se sente levemente incomodado de ver, nos filmes, como um mendigo consegue ir entrando num hospital e se fantasiar de médico e ninguém achar estranho.


Sei lá. No mínimo, eu pergunto como que alguém não viu o mendigo entrar. Como que ele burlou a segurança. Como que ele sabia onde encontrar o depósito de roupas de médico (EU não sei onde fica, ia ter que perder mó tempo procurando). Se ninguém reparou que ele não tem crachá. Se a equipe é tão desunida a ponto de ninguém conhecer quem trabalha lá. Se ninguém percebeu que ele fede, ou que está sujo. Essas coisas.

A pessoa satisfeita não acha nada disso estranho. Ela simplesmente aceita que o mendigo ESTÁ no hospital, se passando por médico. E curte o filme, enquanto eu acho o filme uma merda.



Outro comportamento típico de uma pessoa satisfeita é que ela não precisa escolher nada, pois tudo lhe agrada.

_ Você quer pizza ou carne?
_ Tanto faz.
_ Mas o que você prefere?
_ Ah, tanto faz, eu gosto dos dois.
_ Tá, mas qual você gosta MAIS??
_ Ah, depende do dia.
_ Ok, hoje?
_ Ah, hoje tanto faz.
_ Ok, pizza então. De quê você quer?
_ Do que você quiser...
_ Ok, pepperoni.
_ Aaahhh... Pepperoni eu não gosto muito...
_ Foda-se.