quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Aerosmith

Hoje de manhã fiquei de bobeira aqui pela internet, catando letras de músicas e vendo clipes antigos. Acabei vendo de novo um clipe que eu adoro, do Aerosmith: Crazy.

Fala sério: quão supercool tem que ser um pai para deixar a filha estrelar num clipe (da sua própria banda, inclusive) no papel de putinha teen sexy, desfilando de sutiã, calça de couro apertada, e se apresentando num palco de strip, fazendo um pole dancing?

É, eu vou com a cara do Steve Tyler. Fazer o que, né.

Pra quem nunca viu, é muito legal. Duas garotas matam aula e pegam a estrada para sair zoando, num conversível. Roteiro típico pra homem assistir babando, já que a outra garota é a Alicia Silverstone (a primeira, é óbvio, é a Liv Tyler).

O clipe é nitidamente feito para o público masculino punheteiro, mas eu gosto. Não sei o porquê. Talvez porque eu nunca tenha matado aula para sair fazendo absurdos na estrada com um conversível, quando eu era uma garota adolescente. Tenho certeza que, na idade certa, isso parece uma ótima idéia.

Oh well, nem tudo está perdido. Eu ainda posso esperar uns anos e tentar um Thelma e Louise. Hehe.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Bundão. Literalmente.

Estava eu assistindo X Men 3 outro dia, e reparando como o figurino e a maquiagem do filme são incrivelmente ruins. Chega a dar vergonha alheia de assistir.

Todos os atores estão no seu pior, esteticamente.

A atriz que faz a tal da Jean está com um cabelo horroroso, que precisa urgentemente de uma massagem, uma hidratação, cauterização, whatever. E um colorista que preste. Ô tinturazinha manchada. Teria sido uma boa idéia também cobrir os buracos da cara da moça com uma base, sei lá.

Nem vou comentar sobre aquela galinha branca molhada que colocaram na cabeça da Halle Berry (mesmo porque, minha atenção foi distraída para o andar dela: parecia uma rumbeira manca).

O capacete do Magneto deixa o ator parecendo que tem alguma deficiência mental, sei lá. Um velho inglês, todo sir, com aquela porra ridícula na cabeça. Não tem como manter a dignidade assim, pô. Humilhante.

Mas foda mesmo é o Wolverine. Cara, que é aquilo???? Aquelas roupas saíram daonde? Foram resgatadas dos sets de filmagem de Cobra, nos anos 80? Ou do armário do Bruce Springsteen?
Aquela calça jeans apertada naquelas coxas grossas, num cara de perninha curtinha, é um BIG no-no. Em conjunto com aquelas botas e aquela jaqueta curta... Credo. Tipo... Credo (queria um argumento mais elaborado, mas não consigo). Já vi caminhoneiros menos paraíbas.

A cerejinha do sundae foi ver o Hugh Jackson filmado por trás, andando apertado naquela calça pavorosa. Ele anda meio rebolando (coitado, devia estar com as pernas dormentes, sem circulação), e tem uma bunda ENORME, MOLE, e pasme: tem culotes. É, isso mesmo: culotes (tem mulher que já fez lipo por menos que aquilo).

Tipo... Credo.

Ainda assim, tem mulher que paga pau pro cara. Vai entender esse mundo.


Modelito do Wolverine:

Boneco de ação do Stallone Cobra

Bruce Springsteen

Vai dizer que é coincidência?

Ai... Que vergonha!

Cara... Não sei porque essa Luana Piovani se acha a última coca-cola do deserto. Com os micos que ela já pagou em público, eu andaria com um saco de papel na cabeça, me misturando na multidão e rezando para passar despercebida.

Primeiro, a mulher chifra um dos carinhas mais invejados do Brasil e é pega (que mole, hein?). Sai estampando capa de revista e tudo.

Agora, se autodenomina musa do Caetano Veloso, e paga o mega mico de ser desmentida pelo próprio.

Juro: eu me matava. Ela não só não se mata, como ainda sai rebolando, tentando desesperadamente mostrar que ainda tem alguma dignidade.

Falta de noção é uma benção, aparentemente.


PS: Claro que nenhuma das atitudes comentadas acima se compara ao mico de "namorar" o Dado Dolabella, mas isso é outra história.

sábado, 13 de janeiro de 2007

Alice no país da Blockbuster

Aqui em casa a TV é basicamente um dispositivo para assistir DVDs. TV mesmo, seja a cabo ou aberta, é um dia na vida outro na morte.
Pensando nesse nosso hábito e numa melhor relação custo/benefício, resolvemos aderir a um plano mensal de aluguel de filmes na Blockbuster, chamado de MoviePass.
O negócio é muito interessante, e funciona mais ou menos assim: vc paga um X fixo por mês, com direito a um número X de locações. Vc pode alugar, dependendo do plano escolhido, de 1 a 5 filmes de cada vez. Se não usar todas as locações a que tem direito, azar o seu. Ainda que vc alugue apenas 20% do que tem direito, vale a pena financeiramente.

Já conhecíamos esse tipo de esquema, pois éramos sócios de uma locadora online que funciona da mesma forma. Mas a locadora não era lá nenhuma Blockbuster, e a lista de lançamentos deixava muito a desejar. Quando, fuçando o site da Blockbuster, nós demos de cara com a chamada desse serviço, resolvemos mudar. É aí que começa a parte lisérgica da história.

Bem na primeira página do site, num banner na parte cima, há um link para vc se cadastrar no serviço MoviePass. Esse link leva vc a este hotsite, dentro do site da Blockbuster.
Pois bem. Vc clica em "assinatura online", e começa a fazer o seu cadastro. Até aí, tudo bem. Então, vc chega à lista de profissões, em formato de droplist, para selecionar a sua. Normal.
O que NÃO é normal, no entanto, são as profissões que constam dessa lista: garota de (sic) progama, gigolô, professoura, arcteto, prostituta e (por que não?) secador de gelo.

Para quem acha que estou brincando, é só conferir:




Mas a aventura continua: apesar da sineta de alarme que soou em nossas cabeças ao vermos a lista de profissões do cadastro, seguimos em frente e assinamos o plano, efetuando o pagamento online com cartão de crédito. O sistema de cobrança direcionou a página para o website da credicard, e o débito foi automático.

Como a assinatura já estava paga, e já éramos cadastrados como usuários na loja que escolhemos para utilizar o sistema MoviePass, achamos que estaria tudo bem ao estrear o serviço naquele mesmo dia. Saímos, passeamos, fomos a um restaurante, e algumas horas depois estávamos na Blockbuster.

Devo dizer que foi um pouco frustrante quando o funcionário da loja "não encontrou" nosso cadastro no sistema MoviePass. Assim como foi frustrante o gerente chegar logo depois e dizer que a opção de adesão ao sistema não existia no site.

O que aconteceu a partir daí foi ridículo, para dizer o mínimo. O gerente disse na nossa cara que era impossível fazer isso pela internet. Perguntamos se ele achava que estávamos mentindo, e ele então mudou a frase para "ninguém me informou que isso estava disponível".
Eu peguei o folheto do MoviePass que ficava em cima do bacão, no caixa, e mostrei a ele: o folheto continha o endereço do site. Ele desconversou e disse que era apenas para informações.
Pedimos então que ele acessasse o site da Blockbuster para que pudéssemos mostrar onde adquirir o serviço. Ele desconversou e disse que não tinha acesso à internet. Seu monitor, no entanto, mostrava aberto o Outlook Express, exibindo e-mails.
Perguntei se era possível entrar em contato com alguém acima dele que pudesse nos dizer o que fazer, e ele disse que ninguém saberia, porque esse serviço não existia. Nem tentou. Disse ainda que não adiantava mandar e-mail para o gerente geral, pois depois das 18 hs o e-mail não era respondido, até o dia seguinte. Falou isso de frente para seu monitor, virado de costas para nós. Balançava a cabeça em negativa, vez ou outra.

Pedi então para o Le ligar para a administradora do cartão. Quem sabe, uma vez que nosso cadastro não havia sido encontrado, a transação não tivesse sido completada? Mas a administradora confirmou o débito em nome da Blockbuster.

Como a loja da qual contratamos o serviço era aquela, tentamos cobrar uma posição do gerente, ainda que fosse preciso imprimir o extrato da conta do cartão para comprovar o pagamento. Tudo o que ouvimos foi "isso não é comigo, pelo que me consta foi propaganda enganosa. Não tem nada a ver comigo".
Ainda argumentamos que, na posição de gerente, ele representava a Blockbuster, e se havia algum problema com um serviço oferecido a um cliente, era responsabilidade dele tentar resolver. Ele simplesmente respondeu que não representava a empresa, apenas a loja.
Quando perguntamos seu nome, avisando que faríamos uma reclamação formal com o escritório central da empresa devido à sua falta de polidez e sua má vontade conosco, ele disse "Jailson". "Jailson de que?", perguntou o Le. "Só Jailson", respondeu.



Só para dizer como a história terminou:

300 metros à frente, uma outra loja da Blockbuster. Entramos, desanimados. Expliquei o caso ao funcionário, sem esperar que ele pudesse fazer algo. Nós íamos apenas alugar qualquer filme (nos recusamos a alugar na loja do "só Jailson").

O funcionário prontamente chamou o gerente que, interessado, tentou descobrir o que havia acontecido. Entrou no webiste da Blockbuster (hm, eles TÊM acesso ao site, então! Quem diria...), viu a opção de assinatura online, viu a lista absurda das profissões no cadastro, viu que o link do pagamento levava direto à página do cartão.
Pegou o telefone, ligou para alguém, aparentemente um gerente geral (olha só, havia até alguém para quem ligar e se consultar!). Não conseguiu uma resposta para o problema.

Então, pegou o telefone do Le e prometeu resolver o problema no dia seguinte, e ligar avisando. E foi o que fez.

Deixamos de ser clientes do "só Jailson" para sermos clientes desse rapaz e sua equipe.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

"Os petisco"

Eu, Le, Márcio e Renata no rodízio de frutos do mar no Empório do Camarão, no shopping Downtown, no Rio:

_ Vcs podem trazer também camarão à milanesa, por favor? _ Perguntei eu ao garçom.
_ O camarão à milanesa não faz parte do rodízio, senhora.
_ Ué. Por que? Tá no cardápio...
_ Porque não se encaixa no padrão do rodízio, senhora.
_ Padrão? Que padrão? O de "frutos do mar"?
_ Não saberia dizer, senhora.
_ Mas tem camarão empanado!
_ Sim, senhora.
_ Vc pode chamar o gerente? _ Perguntou o Le
_ Gerente? O senhor quer que eu chame o gerente?
_ Sim, eu gostaria de perguntar a ele porque o camarão à milanesa não é servido no rodízio. Fiquei curioso.

E lá foi o garçom chamar o gerente:

_ Pois não, senhor. Algum problema? _ Perguntou o gerente, solícito e visivelmente desconfortável.
_ Por que vcs não servem camarão à milanesa no rodízio?
_ Porque não faz parte do perfil do rodízio, senhor.
_ Sim, seu funcionário já nos explicou. Mas eu estou tendo alguma dificuldade de entender esse perfil, e estou muito curioso para saber porque apenas esse prato não se encaixa nele. Já que vcs servem vários outros tipos de camarão, inclusive o empanado.
_ É que... Os petisco, né? O rodízio é dos petisco.
_ Sim, mas o camarão à milanesa também está listado como petisco no cardápio.
_ É... _ E o gerente fez cara de cego em tiroteio.
_ Eu só queria entender o porquê.
_ Sem dúvida, o senhor tem toda razão.
_ Veja que é apenas uma curiosidade, uma dúvida. Não é exatamente uma reclamação.
_ Sem dúvida, senhor. Com certeza.
_ Hm. Então vc também não sabe.
_ ...
_ Sabe?
_ Para falar a verdade, não senhor. São ordens, né?
_ Ah tá... Obrigado.


PS: O rodízio é uma bela de uma porcaria, mas o prato de camarões à milanesa é muito bem feito e gostoso. E barato.
Eu sei porque comi um dia antes, a la carte.