quarta-feira, 26 de novembro de 2008

The Not-so-smart Phone

Lendo a Veja (sim, eu faço parte daquela podre e decadente zelite branca dos Jardins que assina Veja) de tecnologia dessa semana me deu um treco: cismei que queria um smart phone.

Em parte, a minha cisma deve-se ao fato de que o meu LG relativamente novo (uns 6 meses de uso) tem a irritante mania de só completar uma ligação a partir da segunda tentativa (já quase o joguei contra a parede umas 3 vezes, foi preciso muito autocontrole).
E, em parte, simplesmente porque eu achei o HTC G1 fofo demais.

Ao constatar que:

  • 1) O HTC G1 ainda não está disponível no Brasil.
  • 2) Seguindo a viadagem do IPhone, ele é bloqueado para ser usado somente com uma operadora nos EUA.
  • 3) Meu irmão meteu o pau no sistema operacional do bichinho (o Android, da Google). Disse que o bluetooth só serve pra fone de ouvido (não passa dados), que o troço dá pau toda hora, e sei lá o que mais.
  • 4) os preços de smart phones não são NADA convidativos.


Eu cheguei à conclusão de que pagar 2 mil reais para ter as minhas "necessidades" (que consistem basicamente em falar, trocar papéis de parede, brincar e tirar onda com o telefone) telefônicas satisfeitas é just too much.

Resolvi então dar um pulinho no Paulista Center para ver as opções. Mesmo lá, os preços estavam salgados. Isso é, para os telefones de marcas conhecidas.

Procurando mais um pouquinho, vc acha telefones chineses (que não têm a menor pretensão de imitarem marca nenhuma) bastante interessantes.
Como modelos com touch screen, sensor de movimento, acelerômetro (é isso mesmo?), MP3 Player com memória expansível por mini SD, câmera (640 x 480, mas hey...), quadriband, bluetooth, leitor de E-book, garavador de voz, FM, etc.

Acabei comprando um que tem tudo isso aí e aceita 2 SIM cards, e resolvi um problema que há muito me aborrece: o de ter que andar com 2 telefones. Este deixa os 2 chips funcionando simultaneamente. Vc seleciona o contato no menu e escolhe qual botão de send apertar: o do SIM A ou o do SIM B. Vc também pode personalizar como se fossem 2 telefones diferentes... Um toque para cada um, etc. Bastante prático.

O mais engraçado foi o brinde: o telefone tem TV. Não, não tô brincando. É sério. Vc puxa uma anteninha e sintoniza os canais de TV. E o sinal é bastante razoável. Dependendo do canal, a imagem fica verdadeiramente boa. Como vc troca de canal? Dá uma chacoalhada e ele avança para o próximo (se vc não quiser usar a interface com os comandos). E ainda dá pra gravar vídeo da TV. Bizarro. o.O

O menu do telefone também é bem legal. Daqueles que vc pode arrastar com o dedo pra cima, pro lado, etc. Vc também pode trocar o papel de parede com uma sacudida. E se vc virar o tel, ele vira a imagem para adequá-la à posição do visor (vertical ou horizontal).
O som é ótimo (meaning: alto pra caralho). E a tela é muito boa e nítida. O touch é sensível o bastante, funciona bem.

Tudo isso pela módica quantia de 340 reais. Veio com um cabinho USB, um cartãozinho de 512 MB e fones de ouvido. Por mais 60 pratas, ainda comprei um carregador e uma bateria extra. Nada mal, né?

Claro que há alguns detalhes que fazem dele um kind-of-dumb phone. Navegação na net definitivamente não foi uma prioridade do pessoal que criou o bichinho. Ele tem WAP, mas não Edge. Pra ver e-mail, só se eu configurar pela TIM.

O T9 também não existe... A menos que seja em inglês. Ou que eu queira o telefone com um menu num "português" em que "back" foi traduzido para "costas" (não, eu não estou zoando. Infelizmente).
Mas em compensação o tecladinho virtual é bem bonzinho, vc pode fazer modelos de SMS e deixar prontos, e ele reconhece escrita com a caneta (quem diria?).

Apesar de ser Mp3 Player, por algum motivo cuja lógica me escapa vc só pode adicionar 4 músicas Mp3 na pasta de sons de onde vc pode escolher seus toques. Ou vc se vira com esses 4, ou com os MIDIs que já vêm com o telefone (?????). Whatever.

Outra coisa bizarra, é que ele não reconhece DDD nem código de operadora.
Se eu cadastro alguém na agenda com o telefone como 0xx11 1234-1234, e a pessoa me liga, ele mostra o número mas não o contato. Porque, para ele, se o número é local e não aparece o DDD na frente, o contato não é o mesmo.
Para resolver esse problema estranho, aderi à gambiarra: cadastrei cada PUTO contato com 2 números de telefone: COM e SEM DDD. Assim o identificador funciona.
(deu um trabalho do caralho...)

Como diz o Le, o telefone tem síndrome de Savant... Gênio para umas coisas e completamente imbecil para outras. Hehehehehehehehehehe.

Mas estou mais do que satisfeita. 2 chips num só aparelho, e mais recursos do que tinha até então com qualquer dos 2 antigos.

Resta saber agora quanto tempo ele vai durar. Parece bem acabado, revestimento emborrachado, peças firmes. Mas vai saber... Essas coisas chinesas são sempre uma incógnita. De qualquer forma, pelo preço que custou, vai valer cada centavo de diversão.




sábado, 15 de novembro de 2008

Photoshop Disasters

Não curto muito blogs pessoais, mas gosto dos cômicos ou daqueles criados para tirar barato de alguma coisa.

Juntamente com o Fail Blog, acho o Photoshop Disasters um dos blogs mais divertidos da atualidade.

Cara, tem coisa ali que vc não acredita: posters de empresas como Disney, Fox, etc... Capas de revistas famosas, anúncios de grifes internacionais badaladíssimas... Trabalhos completamente TOSCOS e PODRES.
Chorei de rir (e senti muita vergonha terceirizada também).

Alguns deles vieram até (ê mundo pequeno!) parar na minha mão, lá na empresa. Como a arte de Perigo em Bangkok e de Marido por Acaso (ainda sem estréia marcada), por exemplo.
Como vieram prontas de fora, não mexemos em nada. Mas que a mãozinha do Nicolas Cage dava nervoso de olhar, dava.

Isso me lembra uma das últimas "conversas" que tive com meu ex-chefe, antes de ele me mandar embora sem me explicar porque e nem mesmo ter coragem de falar comigo, depois de sabotar meu trabalho e infernizar minha vida por 2 meses...

Ao fazer um anúncio de InkHeart (Coração de Tinta) para a revista SET, fui pegar como referência o arquivo mais recente que tínhamos da arte do filme. Era um outdoor, a ser veiculado em Brasília.

Qual não foi minha surpresa ao ver que os atores haviam sido espelhados e que as frases que eles traziam escritas no rosto e no corpo estavam ao contrário!
Tudo bem que o cara não sabe picas de inglês (o animal trabalha no Quark há 8 anos e só consegue chamar o programa de Quarker. Quer mais?)... Mas caralho! As LETRAS pelo menos ele conhece, né?

Quando comentei sobre o assunto com um colega, já meio em estado de pânico (não sabia se o arquivo final do outdoor já tinha saído ou não), o outro veio todo nervosinho querendo saber o que eu estava "cochichando". Cheguei e mostrei o problema e expus minha inquietude.

Muito rapidamente, ele desconversou e disse que "era de propósito". Que ele tinha visto, claro (claro!), mas que não tinha nada errado... Já que o livro seria como um "carimbo" que teria imprimido as letras nas caras das pessoas. ¬¬
Enfim... O arquivo era um layout, e até onde eu sei, nem chegou a sair. Menos mal.

Não sei o que é pior: fazer algo assim e não reparar, ou fazer ciente e achar que "não tem problema" os personagens saírem com tudo escrito ao contrário nos cornos, como se tivessem tirado foto no espelho para colocar no Orkut.

Pior que, diante da afirmativa "todos os meus movimentos são friamente calculados", eu não tive muita escolha exceto ser diplomática, e mandar uma disfarçada hipócrita ao estilo "ah tá... É que achei que podia ter mudado o padrão e eu teria que fazer tudo de novo, bla bla bla" (que não colou, claro. Caguei).

Tenho certeza de que essa minha sacada indiscreta foi uma das última gotinhas d'água necessárias para encher o copinho do paranóico, e convencê-lo de que a empresa era pequena demais para nós dois. Rs

Só me arrependo de não ter salvado o arquivo... A esta hora ele estaria no Photoshop Disasters. XD

Hehehehehe.