segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

I always get what I want

Tudo é tão pequeno...

Estranho que eu tenha demorado tanto para perceber que certas coisas não têm a mínima importância.

Meus objetivos estão traçados, meu futuro me espera. Nada do que acontece à volta, que não esteja diretamente relacionado aos meus planos, tem relevância. Nada pode me atingir agora.

O que antes me chateava, agora chega até a me divertir. Isso quando me dou ao trabalho de prestar atenção.

Tsc, tsc... Como a gente perde tempo com bobagens!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Tédio Profundo

Sem absolutamente NADA para fazer no momento, resolvi fazer um post idiota e totalmente dispensável sobre o que eu odeio:

ODEIO quando estou tentando ligar para alguém no celular e o cidadão NÃO atende o telefone, deixando cair na caixa postal - a irritação é instantânea. Dá vontade de deixar um recado só de palavrões, já que o cara vai pagar para ouvir.

Odeio como o cinto de segurança está na altura certinha para amassar a roupa que estava passadinha. E como fica bem em cima do meu pescoço, me enforcando de um lado, e esmaga meu seio, do outro. Alguém devia levar em conta que parte dos motoristas é baixa, e parte é mulher (e tem peitos).

Odeio quebrar unha. Você leva o maior tempão deixando a porcaria da unha crescer, e aí quebra uma; normalmente fazendo algo idiota, como abrir uma lata de refrigerante para outra pessoa.

Odeio motorista que se arrasta, deixando 200 m de pista livre à sua frente, enquanto emparelha com o carro do lado. Isso que encaralha o trânsito, em primeiro lugar. Não é afunilamento, não é acidente, não é excesso de carro. É excesso de idiotas nas ruas.

Odeio gente que tenta entrar no elevador (ou metrô, etc) antes de deixar os outros saírem. Será que não entendem que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar? Sinto vontade de pegar pelo cabelo e explicar, pausadamente: “sim, cretino, é preciso que eu SAIA para que você possa ocupar o lugar que antes era meu, ok?”.

Irritação ainda maior sinto quando estou saindo com o carro da garagem, e sempre tem um pedestre (argh!) que resolve atravessar na sua frente, apesar do barulho ensurdecedor da sirene de alerta, das luzes piscando, e do sinal de “cuidado, saída de veículos”. A coisa fofa acha que você pode ficar esperando o portão arriar na sua capota, para ela não ter que apressar ou reduzir o passo, ou – ofensa mortal – parar e esperar o carro sair.

Odeio crachá que prega na roupa. É ótimo para estragar roupas de linha, ou puxar fios de roupas de seda ou de fibra sintética. E, já que estou falando de roupa, odeio roupa que dá bolinha. Saco.



É isso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Quer bem feito...

Manda meu pai fazer. Sério. O cara é paranóico com organização, limpeza, perfeccionismo.

Como fui sugada pela máquina corporativa e agora sou uma escrava (mal) remunerada no período de 9 AM às 6 PM, estou sem tempo para fazer certas coisas do dia-a-dia. Levar meu carro para fazer a vistoria do Detran era uma delas. Então, pedi pro meu pai.

Ele prontamente aceitou. Além de ser aposentado, ele adora carros. E estava doido para botar a mão no meu. Explico: meu carro estava com alguns (pequenos) probleminhas que eu vivia prometendo que ia resolver, mas que já vinha empurrando com a barriga há algum tempo. Eram eles:

- O vidro elétrico da porta do carona estava fazendo um *leve* barulho ao subir.
- O controle de subir o vidro do carona na porta do motorista não estava funcionando.
- A trava elétrica da porta traseira esquerda não tava funcionando. Era preciso travá-la manualmente.
- Havia algumas mossinhas espalhadas pela lataria, daquelas que a gente ganha quando para em estacionamentos, ao lado de pessoas escrotas, que cismam de abrir a porta em cima do seu carro.
- O estepe não estava novo por ter sido trocado no rodízio de pneus, quando troquei os pneus da frente do meu carro, recentemente.

Para quem olha a descrição, parece até que meu carro era um ferro velho. Porra, muito pelo contrário. Tá perfeitinho, parece novo. Eu sabia que esses probleminhas eram simples de resolver e, no final das contas, não me atrapalhavam em nada. Por isso fui deixando pra lá.

Enfim, quando liguei no final da tarde, para saber como tinha ido a vistoria, fui atualizada sobre as atividades do meu pai durante o dia:

- Por achar que o cara do Detran não ia aprovar o estepe usado, ele comprou um pneu novo, just in case.
- Deu uma "passadinha" no Mágico do Amassado e tirou as mossas (já tem planos de levar o carro lá pra fazer um ou outro retoque na pintura nos lugares em que não pôde ser reparada com cera).
- Trocou o extintor, porque, segundo ele "estava próximo da data de vencimento", muito embora ainda estivesse válido.
- Mandou lavar o motor (?) e o interior do carro.
- Completou o sabãozinho que esguicha no pára-brisas.
- Tentou trocar as borrachinhas dos limpadores, só não trocou porque não achou.

Tudo em uma tarde.

Quando liguei, ele já tinha passado pela vistoria (sem problemas) e estava no eletricista, cuidando da trava e do vidro elétricos.
Viu que o vidro fazia barulho porque uma pecinha tava quebrada, mandou trocar. E descobriu que a trava não funcionava porque o botão por dentro era mais curto do que deveria e precisava de um calço, que, lógico, ele fez o carinha adaptar (sim, ele fica enchendo o saco dos mecânicos, olhando por cima do ombro). Já o botão que não funcionava, era apenas devido a um fio solto.

Ah! E, lógico, me devolveu o carro com o tanque cheio.

Falaí: meu pai é ou não é o sonho de consumo de qualquer filha?

Pena que ele exige de mim o mesmo perfeccionismo que tem.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Corre-corre

Acordar. Botar na mala do carro as coisas que vão para a casa do meu pai. Tomar banho, lavar a cabeça, comer e sair voando, penteando o cabelo pelo caminho. Ir de carona pra Cidade, já que depois meu carro vai para a Barra (vistoria do Detran). Chegar e pegar um capuccino, antes de entrar no elevador. Aprontar em 1 dia o trabalho de 2. Almoçar 350 g de comida de coelho. Pra compensar, comer um chocolate ao leite da Hershey´s (na minha cabeça faz sentido, tá?). Voltar do almoço, tomar o segundo capuccino do dia (fecha a cota). Brigar com outras meninas no banheiro por um espaço na pia para escovar os dentes. Responder e-mails pessoais, dar trocentos telefonemas, "bostar" no Orkut, verificar o Flog. Adiantar o trabalho de amanhã (não sei o que deu em mim, hoje). Ficar de bobeira esperando dar 6 horas pra ir embora.

Saudades do meu carro. E de outras coisinhas mais...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Terence Trent D´Arby

Nossa... Muito tempo que eu não ouvia Terence Trent D´Arby.... Adoro essa música! É das antigas...
Refrão em verde.


SEVEN MORE DAYS

Teardrops rusting on a steel bar
Harmonica blues
Heartblood thick enough for pine tar
I've got a hole in my delta shoes
Grown men wither and they dry away
Their lives compromised
I've gotta hold on
Struggle through another day
To see the fire in my baby's eyes

Society's debts have been more than paid
In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

Bad dreams, cornerstone realities
Bears witness to shame
Hell's gate - a landscaped brutality
All for material gain
But she's home praying on her hands & knees
That safe shall I part
But I am guilty of her memory
But there's no crime in my heart

Society's debts have been more than paid

In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

Lawful society
Says this is what you get
Tearful sobriety of
Matters that you soon regret
It all adds up to time
Debts have been more than paid

In seven more days
I'll be home to you
And the walls will tumble down
That's separating us two
The Jericho mile and a river so wide
In seven more days
There will be no more divide

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Quem diria...

E não é que trabalhar fora é legal?

Tudo bem que tem que ir arrumadinho (saudades de trabalhar de camisola...), não almoça comidinha feita em casa, não pode tirar aquela soneca no meio da tarde (pelo menos não quando o chefe tá olhando), e tem horários a cumprir.

Mas é legal poder ver gente (dependendo do lugar onde você trabalha, isso pode ser um problema, mas eu dei sorte), ir dirigindo cantando alto no carro, seguindo na direção contrária do trânsito doido do resto da cidade. Encontrar sempre vaga te esperando, sem precisar pagar nada. E ainda dar uma passadinha pela orla, pra dar uma espiadinha no mar antes de voltar pra casa. E chegar em 15 minutos, o sol ainda brilhando lá fora.

Ah, minha vida até que é boa, sabe? :)

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Eu devo ser MUITO importante

Hoje abri meus scraps e me deparei com uma mensagem de um cidadão que estudou comigo em 1987. Ele pediu pra entrar na minha lista de friends, eu autorizei, vá lá. Até aí...
O cara já me mandou 2 e-mails e agora deixou um scrap, com o mesmo conteúdo. Não algo que diz somente "oi, lembra de mim? Blá blá blá...". E sim mais na linha de "puxa, você me magoou, mas eu não guardo mágoa de você", coisa e tal. Mais uma vítima profissional.
Detalhe: o cara me sacaneou. Tomou o troco. Não agüentou. Ficou 18 anos pensando nisso. E agora me achou e vem dar uma de coitadinho pra cima de mim. Não vai colar.

Na mesma linha, vem um exemplo do presente. Gente que enche a boca pra dizer que não me cita em lugar nenhum, mas que recicla minhas piadas a cada frase. Gente que diz que sempre me respeitou, mas que deu a punhalada feiosa nas costas (por motivos aliás que até hoje não entendo, pois nunca tinha feito nada a essa pessoa). Gente que teve a chance de confessar o que fez, que me interpelou a respeito, e que se acovardou e não aproveitou a chance.

Eu nunca agrido meus amigos. Não primeiro. Eu sempre REAJO. E é impressionante ver como essa reação causa espanto, como se eu fosse uma louca injusta. Neguinho me fode, mas fica mordido quando é fodido de volta. Essa lógica sempre me diverte.

O legal é ver como a gente continua influenciando as pessoas mesmo depois de elas começarem a detestar e evitar a gente. Talvez seja meu intelecto superior. Sabe aquela piada do peixinho no aquário e do português? Quem sabe não é por aí?

O mais maneiro é ver a incoerência misturada à aura de righteous. Tipo: agridem, fofocam, dizem uma coisa e fazem outra por trás, te criticam como se fossem verdadeiros seres sem pecados, e cagam na saída. Na sala de terceiros ainda, que é para não sujar a própria sala e ficar bem na fita para o resto da galera.

Acho que vou mudar de profissão, vou virar adestradora. Ou hipnotizadora. O termo a ser usado vai depender do grau de inteligência do paciente.

"COMPRE BATON, COMPRE BATOOOONNN..."

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Gimme, gimme, gimme!

Engraçado como todo mundo se acha VIP. Ninguém gosta de esperar, de ser preterido, de ser ignorado. Todo mundo é a coisa mais importante do universo, e aparentemente eu estou aqui para serví-los.

Se toca o telefone, ninguém quer falar com a secretária eletrônica, porque afinal de contas, ninguém "fala com máquinas", porque todo mundo é importante demais para isso. EU tenho que atender. Claro. É pra isso que eu tô aqui, né? Pra servir a todos, à qualquer hora.

Se eu tenho um celular, isso significa que eu tenho que estar com ele grudado na orelha onde quer que eu vá. Esteja dirigindo, esteja no banheiro, esteja comendo, esteja falando com outra pessoa, esteja até em outra ligação. Foda-se, o problema é meu. Eu que me vire pra atender.

Se estou no MSN, foda-se se estou com o status de "ocupada" ou "ausente". Eu TENHO que teclar com quem abre janela comigo, certo? Afinal, se estou no computador, estou ali pra ficar de papo.

Seguinte: eu sou educada com todo mundo. Falo direito, sorrio. E neguinho acha que é a luz da minha vida, porque é tratado assim.
Eu posso ser educada, mas não estou à disposição de ninguém. Ok?

Tenho a minha vida (que, aliás, está muito bagunçada no momento) pra levar. Trabalho, cuido de casa, tenho família.
Quem é prioridade, sabe. Quem tem que ficar correndo atrás de mim, não é. Sorry. E quanto mais insistir e me encurralar, mais eu vou fugir. Pressão não funciona comigo.

Meus amigos de verdade, me dão espaço. E eu os procuro, ainda que esporadicamente. Todos eles sabem que passo por essas fases de reclusão, e não se sentem abandonados porque sabem que os amo. Não me cobram por ser assim, nem exigem que eu mude.
Posso passar um tempão sem procurar, mas quando procuro, a gente retoma de onde parou.

Sim, eu filtro as mensagens na secretária, deixo o celular tocar, e bloqueio no MSN.
Se vier me perguntar "você tava em casa?" quando a secretária atender, ou "você me bloqueou no MSN?", vai ouvir um SIM. Se ficar magoado, foi escolha sua.

Mesmo quem gosta de mim, sabe que eu não sou uma pessoa legal.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Não quer ajudar, não atrapalha, porra!

Tem gente que tem a incrível capacidade de atestar o óbvio; pega uma situação que já é uma merda, e faz questão de piorar.

Tipo: o cara sofre um acidente de carro e perde um braço. Fica lá todo fudido, desesperado, se esvaindo em sangue... Pensando em como vai fazer para continuar vivendo daquele jeito, se escapar dessa.
Chega alguém, para o carro do lado. O cara sente uma pontada de esperança, acha que a ajuda chegou.
E então ele ouve algo do tipo: "porra, mas o que você estava fazendo dirigindo com o braço para fora do carro?!?!", ou "puta que pariu, olha como ficou seu carro novo!".

Nego chega, se mete, e além de não ajudar, ainda sacaneia... Tá certo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Burrice: o mal da humanidade

Critiquem-me o quanto quiserem, mas acho que os burros deveriam nascer mortos. Essa seria uma seleção natural que faria sentido.

Por que existe gente burra, que não consegue executar as tarefas mais simples? Por que eles habitam o mesmo lugar que eu e você, e consomem recursos tão preciosos, como água potável, comida, e assentos vagos no metrô?

Porque a natureza é injusta, só por isso. E deixa gente burra ser maioria.

Acho um absurdo que eles usufruam das coisas criadas por pessoas brilhantes. Gente burra devia ter filho em casa, de cócoras, sem anestesia e sem ficar internada no hospital. Devia andar a pé, e não em qualquer espécie de veículo (que obviamente foi inventado por alguém inteligente). Devia se curar com plantas colhidas no quintal, e não se beneficiar de antibióticos e outras descobertas científicas.

Talvez dessa maneira fosse possível reduzir a quantidade assombrosa de estúpidos sobre a face da Terra.

Eu realmente, realmente, REALMENTE, odeio gente burra.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Tempo, tempo, tempo...

Pras coisas que eu quero, eu preciso de tempo para conseguir. Mas quero tudo agora. O tempo pode me dar mais, mas eu odeio esperar.
Escolha difícil.

Pras coisas que eu preciso resolver, eu também preciso de tempo. Mas nem todo mundo entende.
Às vezes é preciso confrontar, ou se recolher.

Pras coisas que eu quero viver, eu quero todo o tempo do mundo.
E VOU TER.