segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O filtro amarelo

Eu queria que o cara que inventou o filtro amarelo morresse de alguma moléstia anal. Sério. Eu ODEIO diretores que abusam do filtro amarelo e condenam pobres pessoas de bem (como eu) a assistir filmes onde a cor branca inexiste.

Tudo bem, eu entendo que há cenas em que a atmosfera sufocante de um sol escaldante seja necessária. Mas sabe, espectador não é burro. Se a cena mostra um puta de um sol, um céu sem nuvens, todo mundo franzindo o rosto e apertando os olhos, neguinho suando em bicas... Acho que dá pra pegar a idéia de que está um calor do caralho. E sem precisar mostrar o mundo amarelo.

Outro dia mesmo vi um filme assim (alguma tramazinha meia-boca com o Antonio Banderas e a Jennifer Lopez). Para mostrar que a história se passava no méxico, o diretor teve a idéia inédita de fazer o filme amarelo. Uau, hein? Brilhante sacada! Se o filme não fosse amarelo, eu poderia, num momento de distração, achar que era sobre a Islândia.

O seriado CSI também é um que abusa dessa técnica medíocre. Qualquer um deles (o original, o Miami, o da Patagônia, etc). Se não andar com filtro amarelo pendurado no pescoço, o diretor nem entra no set de filmagens. Taquiupariu.

Pior é que no caso de CSI, Miami fica tão escrota que eu nem reconheço a cidade. Pra quem nunca foi: Miami é linda, e se existe alguma cor que a identifique, essa cor é azul: o céu amplo, o mar sempre à vista... Aí vai o cara e me mostra Miami com icterícia. Deve ser alguém saído de Asswipe - Wisconsin , e que acha que qualquer lugar onde faça mais que 30 graus negativos no verão é amarelo.

Ora, porra...

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