quinta-feira, 12 de novembro de 2009

True Blood

Tô vendo True Blood. A série já é old news, todo mundo já viu, mas eu só comecei a ver agora. Heh.

Tem coisas legais, e tem coisas irritantes.

ATÓRON o Lafayette. É a melhor coisa da série, com certeza. Acho o visual dele demais, com aqueles lenços loucos na cabeça, a maquiagem... Toda a atitude. Se aquele ator não é gay, eu nem sei COMO ele faz isso. Manda muito bem.
O Eric também é legal. Adoro ver que ele tem pelo menos uns 20 cm a mais que todo mundo, hahaha. E o cara tem moral. Faz o Bill parecer um cuzão.

Aquela Maryanne, no entanto, podia ir pro inferno e levar a Tara e o Jason junto. Blergh. Mulher sem graça, garota absurdamente chata e moleque burro e boring. Caguei pra barriga tanquinho dele.
Eu achava o Sam bonitinho, mas confesso que depois desse lance de shifter ele virou meio loser, na minha opinião. Tipo, quem respeita um cara que vira cachorro e fica sem calças toda hora? Pffff.

A trilha sonora merece atenção. E a abertura é o máximo. Vejo em DVD, e toda vez me pego assistindo, em vez de adiantar. Aquelas cenas meio white trash, etc... Bem a imagem que eu faço da Louisiana redneck mesmo, com aqueles pântanos, as pessoas bizarras... Estereótipo é pouco. rs


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Professores ao longo da vida - Parte 2 - Treva


Pois é, né. Pra cada profissional competente no mundo, tem ZILHÕES de imbecis completamente desprovidos de bom senso, capacidade, etc. Então é óbvio que os professores não seriam exceção.

Pensa comigo: é preciso ser gênio pra trabalhar com crianças pequenas, em idade de alfabetização? É preciso ter prêmio Nobel? Ter doutorado, ser membro da MENSA? Não, certo?
O que é preciso, então? Um mínimo de preparo, paciência e sensibilidade.

Criança é suscetível, é influenciável. Tá em formação, tanto de caráter quanto de personalidade. Vê no professor o exemplo, uma figura de autoridade e referência. Por isso, é preciso ter noção do que se está fazendo; um pouco de psicologia infantil vai bem, obrigada.

Agora imagine a seguinte situação: uma menina de 6 anos. Recém alfabetizada, ainda se familiarizando com as letras, escrita, etc.
Essa criança, um dia, é deixada no colégio com alguns minutos de atraso. Chega à sala, e a aula já havia começado. Ou assim ela pensava.
Ao entrar na sala, nota o tom raivoso na voz elevada da professora. Todos os colegas sentados no chão, olhando para baixo, em silêncio total. Ela ouve o trecho final de um discurso que é uma mega bronca, da qual não sabe o motivo. A professora grita. Muito. Xinga a classe. Diz estar decepcionada. Diz estar CHO-CA-DA. Aponta o dedo com expressão desaprovadora para a cara das crianças, apavoradas e imóveis, humilhadas.
Ela não sabe o que está acontecendo mas, instintivamente, sabe que se fizer alguma pergunta vai ser pior. Se senta com os colegas e se encolhe, confusa, agoniada, esperando passar despercebida. Enquanto isso, a aflição de levar uma bronca sem saber o porquê é quase sufocante.

O esporro dura intermináveis minutos. Ela tenta captar, nas palavras cuspidas com violência, o motivo de tanta raiva da tia Tânia. Não consegue, nada está claro. São só agressões e acusações genéricas, declarações de insatisfação e decepção profundas por parte da tia. Mas nada lhe indica O QUE ACONTECEU.
Parece um sonho ruim, esquisito, daqueles que vc está num lugar, e de repente o lugar e as pessoas mudam de uma hora pra outra, a rua vira um labirinto. Nada ali fazia sentido, aquela não parecia sua professora, ela não conhecia ninguém ali, a bronca não podia ser pra ela. Não era possível!

Logo chega uma outra coleguinha, também atrasada. Ela sente uma ponta de conforto. Pelo menos alguém pra sentar do lado dela, com quem compartilhar, ainda que em silêncio, o absurdo do momento. Não está mais sozinha.
Mas aí acontece mais uma coisa bizarra, o sonho fica ainda mais irreal: a professora para a briga. Dá bom dia pra coleguinha:
_ Oi, Aline.
A Aline, com cara assustada, e de forma cautelosa, responde:
_ Oi, tia Tânia.
E a Aline não foi sentar do lado da menina que, confusa, assistia a cena sem acreditar. A Aline ganhou convite para ir se sentar ao lado da tia Tânia. Por quê? Porque, segundo a tia Tânia, a Aline havia "chegado atrasada" e, portanto, não sabia o que acontecia. Que por isso, era injusto que a Aline levasse bronca com o "resto das crianças".

A garota sente um aperto no peito. Quer gritar "eu também cheguei atrasada!!! Cheguei agorinha mesmo, como vc não viu???". Mas, novamente, o instinto de preservação avisa que não é uma boa idéia. Ela afunda ainda mais. E agora, além da agonia de estar perdida, ela se sente monstruosamente injustiçada.

Acaba a bronca, todos recebem ordens de ir para as suas mesas. A professora assistente distribui papéis mimiografados. Uma folha de exercícios, que dizia o seguinte: "Divida as palavras em sílabas". Embaixo das palavras, alguns quadradinhos.
A menina pergunta para a assistente como deve fazer o trabalho. Aquilo era novidade, nunca havia sido mencionado em sala de aula. Mas a assistente balança a cabeça e passa direto. Hesita um segundo, olha pra tia Tânia, que estava de costas, volta e cochicha para a menina:
_Não posso explicar, desculpe. _ A expressão em seu rosto é de pena.

Consolada pela expressão de simpatia no rosto da assistente, a menina tenta desvendar o enigma do trabalho. BOLA era a palavra. 2 quadradinhos. Pareceu lógico que ela dividisse a palavra e escrevesse BO num quadrado, e LA no outro. O que quer que as tais "sílabas" fossem. E assim ela fez, seguindo a mesma lógica com o resto das palavras.
O exercício amenizou o nervosismo, desviou a atenção do mal estar.

Durante o tempo que tiveram para fazer o exercício, Aline também chamou a assistente. Tinha dúvidas, claro, como todos os seus colegas. Tia Tânia se apressou em vir ajudá-la, e era delicada e toda sorrisos enquanto o fazia. Como que para deixar claro para o resto da classe que a Aline não era considerada parte da mesma escória.

Algum tempo depois, a tia Tânia perguntou se todos haviam terminado. Ninguém queria realmente falar, mas ficou claro que, quem não havia terminado, não ia conseguir fazer mais nada.
Então a tia Tânia parou na primeira mesa, analisou o trabalho de um colega. Andou mais um pouco, parou na mesa da menina. Provavelmente uma coincidência. Pegou o trabalho na mão, perguntou à menina se ela achava que tinha acertado o exercício. A menina respondeu que achava que sim.
E então a tia Tânia, pra mostrar quem é que mandava, amassou o trabalho na frente da menina, sacudiu o papel amassado diante de toda a turma e, de forma teatral, rasgou-o em 2, enquanto gritava que ninguém ali sabia nada. E saiu rasgando o trabalho de outras crianças em seguida, equanto a classe observava, em pânico.

Dirigiu-se então ao quadro negro avisando que ia, enfim, ensinar pela primeira vez a matéria que havia sido cobrada no exercício. Depois de explicar, refez o exercício passado anteriormente.
A menina constatou que havia acertado todas as questões. Se encheu de coragem e foi perguntar porque o trabalho havia sido rasgado, se estava certo. Como resposta, recebeu um "ninguém acertou, eu não havia ensinado ainda a fazer. Vá se sentar".
E ela, tremendo (dessa vez de raiva), foi.

O dia passou-se assim. Todos foram punidos, sem direito a recreio. Menos a Aline. Ninguém pôde brincar com os brinquedos disponíveis na sala, nem ler os livros do cantinho da leitura. Exceto a Aline.

No fim do dia, a menina voltou pra casa desrespeitada, humilhada, avacalhada, destratada, abusada. Sem nunca ter feito nada, e o pior: sem nunca ter entendido a razão.

Desse em dia em diante, foi como se o episódio nunca tivesse existido. A menina tentou perguntar à tia Tânia, mas às vezes até ficava na dúvida se a tia não tinha ouvido a pergunta. Porque a tia agia como se fosse surda, quando esse assunto era mencionado.
Os coleguinhas também nunca disseram nada. Só respondiam "não sei", com medo.
E a pobre Aline, coitada... Essa não sabia mesmo.

Os anos se passaram, e a menina pôde ver que a tia Tânia foi o primeiro exemplo prático e ilustrativo de uma pessoa ESCROTA, DESPREPARADA, INCAPAZ, FILHA DA PUTA, INCOMPETENTE, SÁDICA, DESEQUILIBRADA, IRRESPONSÁVEL, CRETINA, MAU CARÁTER.
Ou seja, ela foi uma fiel representante da maioria da população mundial, em termos gerais. O que não deixa de ser uma lição.

Apesar de ter sido uma experiência bastante dolorosa - cuja dor da injustiça a menina é capaz de sentir vivamente até hoje, quando recorda o episódio - o que ocorreu foi um excelente exemplo de como o mundo funciona.

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O engraçado é que fiz uma pesquisa pelo nome completo da filha da puta no Google, e encontrei uma página de perfil no Google Profiles que me parece ser dela mesma.
Uma senhora, da idade adequada, com um sorriso estéril. Alourada, como a filha da puta era mesmo (embora eu não me lembre das feições).
Várias mençoes a Deus e ao amor que tem por ele (não me surpreende).
E - quem diria - é do Rio. Tudo casa perfeitamente (lembrando que é um sobrenome BEM incomum).

Tânia K*****r

Hahaha, acho que encontrei a maluca filha da puta. Quem sabe eu não mando um e-mail perguntando POR QUE CARALHOS EU TOMEI UM ESPORRO?

Tem 30 ANOS que eu quero saber essa merda!
Vaca.

Hora do bolo


Recentemente, eu resolvi me aventurar em decoração de bolos. Melhor dizendo: decoração de bolinhos (=cupcakes).

Eu sempre tive TARA por decoração e modelagem de bolos. Na época em que a Ana Maria Brega tinha um programa que passava à tarde numa emissora vagabunda (qual era mesmo?), eu parava meu trabalho o que estivesse fazendo e ia pra frente da TV ver as decorações de bolos. Às vezes a série levava uma semana, indo ao ar cada dia um motivo diferente. Muito legal.

Na época da minha festa de casamento, eu tava numa puta depressão, não queria saber de porra nenhuma dos preparativos. Não escolhi música, comprei o primeiro sapato que não me apertou... Alguém já viu noiva chegar no dia da festa sem ter bouquet? Pois é. Não tava nem um pouco preocupada com isso, cheguei e pedi pro cara que tava arrumando as flores na festa preparar um bouquet pra mim, lá na hora mesmo. Do jeito que saísse tava bom.
A única coisa que eu fiz questão de escolher foi o bolo. Eu tinha visto um bolo uns 3 anos antes, quando nem pensava em casar. Tinha achado tão lindo que jurei que se um dia casasse, ia ter um igual. Aí quando resolvi casar (se arrependimento matasse...), fui lá e desenhei o bolo que eu queria pra doceira.
Não comi, mas ficou lindérrimo.

Daí que eu eu nunca fiz um curso de decoração porque, porra: pra decorar, eu preciso fazer o bolo (dã). E tipos, eu nem gosto de bolo (só de chocolate). E eu não quero trabalhar com bolos. Então eu ia decorar o quê? E pra quê? Ia ficar fazendo bolo pra 30 pessoas à toa, só pra ficar decorando? Tá, eu sou doida mas nem tanto, né.

Quando surgiu a modinha dos cupcakes, eu nem dei muita atenção. Eu achava lindinho e tal, mas a idéia de um muffin papagaiado com chantilly não me enchia os olhos. Tá... Chantilly colorido e tals, mas... Nhé (nunca vi graça em decoração de glacé, acho pobre).
Mas aí começaram a surgir uns cupcakes mais elaborados, com pasta americana, flores, bonequinhos e tal.

Ow, maneiro. Já interessou. Porque aí tem a decoração elaborada, bacana, mas sem a obrigação de ficar fazendo bolos gigantescos e inúteis.
Porque néam... Cupcake é fácil de carregar, de comer, dá pra variar, dá pra fazer pouco/muito, com choc chip, com recheio, de chocolate, de baunilha, dá pra ser do jeito que vc quiser.

Entrei num cursinho, fiz alguns, gostei da brincadeira. Não sei se vai ser um hobby assim tão frequente, porque:
1. Tô podendo ganhar peso não. Tá feia a coisa.
2. Custa dindim, né. Pasta americana aqui, ferramentas pra decorar ali, ingredientes, etc...

Se ainda fosse pra vender, tudo bem. Mas pra jogar dinheiro fora não dá.

Então pode ser algo para ocasiões especiais, etc.
Quem sabe... Se for isso, já justifica o investimento. Porque além de ser um ritual bacana, ainda diverte. E ao contrário de um bolo, que te prende dentro do tema, no cupcake pode-se variar a decoração. Então nunca é boring.

Esses aí tão com o crédito do MP, mas fui que fiz.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Professores ao longo da vida


Todo mundo tem exemplos de professores que influenciaram a gente, de uma maneira ou de outra, né? Aquele professor bacana que conseguiu até fazer vc gostar de uma matéria chata, ou aquele professor cretino que corrigia prova de acordo com o humor, e tirava ponto de quem não gostava.
Como em todas as profissões, tem gente que não é competente, e tem gente que não tem ética.

Aqueles que realmente marcam positivamente, são os que, além de saberem do que falam, gostam do que fazem, são inteligentes, têm talento pra fazer da explicação algo fácil (se puder fazer divertido, melhor).
Porque ser bom professor não é só dominar o assunto, é preciso saber passar o conhecimento adiante de forma que capte o interesse do aluno. E pra isso, eu acho que precisa talento sim.

Tive uma professora que me marcou nesse sentido. Ela era uma senhora, já pelas casa dos 6o anos, indo para os 70. Era sóbria, não era "bem humorada", não era "truta" dos alunos, detestava conversas e interrupções, chamava a atenção dos alunos.
Ela chegava lá, dava a aula dela, sem piadas, sem brincadeiras. Mas explicava maravilhosamente bem. De uma forma simples, completa, que não deixava margem para dúvidas.
Foi a primeira vez que eu comecei a me interessar por história. Que as coisas começaram a fazer sentido. Que os eventos ficaram interessantes, e que eu pude notar que eles aconteciam de forma linear, entender que "causas" e "consequências" não eram apenas 2 listas em lados opostos da página do livro, a serem decoradas.

Nem todo mundo gostava da Professora Rosa, claro. Se vc conversasse durante a aula e fosse criticado ou expulso de sala, vc provavelmente a rotularia de megera. Mas pra quem um dia se deu ao trabalho de prestar atenção ao que ela dizia por 5 minutos, tenho certeza que pensa como eu. Na aula dela eu não fazia questão de piada, de conversar, de nada. Eu só queria ouvir o que ela tinha pra me contar, e depois ficava esperando a aula seguinte, como quem espera o próximo capítulo de uma série bacana.

Um dia ela pediu que a turma (estávamos na 6ª ou 7ª série, não lembro mais) fizesse um desenho: uma tribo de índios. Creio eu que era algum tema idiota passado pelo colégio para o dia do índio, ou algo assim. Cheia de orgulho, eu fiz um puta desenho, todo caprichado e cheio de detalhes.
Pô, eu desenhava bem, todo mundo se impressionava, comentava. E a Professora Rosa nunca havia falado comigo (ela não era dada a essas coisas, rs), e eu não tinha coragem de chegar nela e dizer o quanto eu gostava da aula. Porque eu tenho certeza que a professora Rosa torceria o nariz pra "puxa-saquismo" (imaginem uma nanny inglesa, essa é a imagem que eu faço dela). Então eu vi no desenho a oportunidade de mostrar meu apreço pela aula dela. Se ela fazia um trabalho tão bom explicando, eu faria um trabalho igualmente bom com a tarefa que ela havia passado.

Ela foi passando de mesa em mesa (sim, ela era daquelas que checavam cada aluno individualmente) verificando os desenhos, sem comentar nada, apenas abananando a cabeça como em sinal de "ok, tarefa cumprida" para cada aluno. Quando ela chegou na minha mesa, parou. Olhou pro desenho durante um bom tempo. Eu me enchi de orgulho. E então ela me olhou nos olhos e perguntou:
_o que é isso? _ com um quê de indignação.
Gelei na cadeira. Eu só conseguia pensar no quanto eu havia colocado de dedicação no desenho, cuidado dos detalhes, etc... Por que ela não havia gostado??

_ Isso é um índio americano. Por que vc desenhou um índio americano?
Eu queria responder "ué, porque índio é índio, tanto faz", mas eu sabia que não era uma boa idéia. Além disso, eu também poderia dizer que, no afã de impressioná-la com meus dotes artísticos, escolhi fazer os índios mais enfeitados, com mais detalhes, etc. Porque vamos combinar que uma roupa de franjinhas é mais bacana graficamente que uma tanga, né? Em vez disso, eu fiquei tão decepcionada, meu balão desinflou tão rápido, que eu só consegui balbuciar algo como:
_ Não sei. Achei bonito.

Não sei se ela notou minha decepção, se ficou com pena, whatever... Mas a expressão dela se suavizou na hora, e ela me disse que sim, os índios americanos eram bonitos, mas os brasileiros também. Disse que eu podia desenhar os índios tocando instrumentos na frente da oca, ou andando de canoa no rio, me deu algumas idéias. E lembrou que o desenho era para homenagear o índio do Brasil, por isso não fazia sentido desenhar índios que não os "nossos" (dêem um desconto pros termos do diálogo, o mundo era politicamente incorreto naquela época).

Bastante envergonhada, mas mais calma, eu refiz o desenho e levei pra ela, no final da aula. Ela sorriu e elogiou.

Acho que foi uma dos primeiros exemplos que eu tive de incentivo baseado em reforço positivo, ao invés de reprimenda.
Talvez, um professor "bacana" e amigão da moçada tivesse zoado meu trabalho, me humilhando perante a turma. O que não ia melhorar em nada a minha vontade de continuar o trabalho, muito menos a minha opinião de criança sobre os "nossos" índios. (heh)
No entanto, a professora austera e sem senso de humor, teve sensibilidade pra me corrigir sem me detonar, inclusive sugerindo idéias que eu sozinha nao tive.

Acho que essa foi a única vez que falei com ela assim, diretamente (claro, sem contar dúvidas em sala de aula, etc). Ela não era exatamente uma figura convidativa e maternal, rs. Mas sempre a admirei de longe, e ela foi a responsável por eu gostar de história até hoje.

Da próxima vez eu conto o outro lado, a história da pior lembrança que eu guardo de um(a) professor(a).

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Coisas bobas que me fazem feliz

Inspirada por um texto num blog de uma amiga, lembrei de algo bastante bacana que eu gostava de fazer (acho até que já fiz aqui, há muito tempo): lembrar de pequenas coisas que me deixam contente, just because.

O trecho que me inspirou foi o seguinte:

"Viajar à noite.
E não ir dormindo. Ir acordada, olhando a estrada escura, a lua, as àrvores. Sempre dá uma impressão que estou num filme, é engraçado."

É impressionante como ela traduziu em palavras exatamente o que eu sinto. Eu AMO viajar à noite, e a sensação é essa mesmo: a de estar num filme, numa fantasia... Quase que flutuando sobre a estrada.
Nunca iria imaginar que alguém mais se sentia assim, porque é algo tão estranho, né? Ou pelo menos eu achava.
Pena que já tem algum tempo que eu não posso viajar imersa nesse sentimento e relaxada, porque geralmente estou dirigindo. Venho atenta, tensa. Sinto falta, confesso.


Outras coisas que me deixam contente:

- Tomar sorvete com calda, em casa. Se for sorvete puro, nem ligo, quase não tomo. E também não precisa ser muuuuuuita calda. O bacana é ter aquela sensação de fazer algo diferente (quem toma sorvete com cobertura todo dia???), e se divertir ao ver a calda cair em minhoquinha e os desenhos que ela faz no sorvete…
E curtir a expectativa, tentando adivinhar quanto vai vir em cada colheirada. Encontrar o delicado equilíbrio entre as partes para que no final sobre exatamente a quantidade de calda ideal para a última colher de sorvete. Me sinto com 5 anos de idade!

- Usar meias coloridas ou com estampa de bonequinhos pra dormir. Adoro quando está frio e eu posso usar meia em casa o tempo todo. Rosa, azul, roxa, com desenhos… E meia de dedinhos também!! Tenho uma que é toda listrada, com um dedinho de cada cor. Delícia!

- Chegar num estacionamento e avistar meu carro vermelhinho, lá de longe… Adoro a cor dele!

- Um copo de Coca-Cola ABSURDAMENTE gelado e com muito, muito gás! A coisa mais refrescante que existe.

- Fazer o pé. Parece que vc tira mil quilos de peso de cada pé, fica tudo tão macio, limpinho e leve. Por mim, faria todo dia.

- Cair no sono abraçada com meu amor (mesmo que depois a gente se solte e cada um role prum lado, rs). Parece que o sono vem mais fácil, me sinto aquecida e tranquila.

- Alguém pentear/mexer no meu cabelo. A cabeça vai ficando pesada, e parece que vai ficando tudo em câmera lenta...

- Ligar a TV e pegar um filme bacana bem no comecinho. A gente se sente sortudo com a coincidência.

- Estrear alguma coisa (roupa, sapato, batom, qualquer coisa). É como abrir o presente de novo.

- Usar óculos escuros enormes. Me sinto celebrity.

- Abraçar, pegar no colo, cheirar, beijar e brincar com a Wendy. Como eu amo aquele serzinho, é impressionante!

- Fazer alguém rir. Enche o peito da gente de calor e alegria.

- Viajar. Ver coisas novas. Quando o lugar é legal, mesmo tudo sendo diferente a gente se sente estranhamente em casa.

- Terminar um trabalho e me orgulhar do resultado. A gente até se esquece o esforço que custou.

- Entrar em farmácias e fuçar a seção de shampoos e cosméticos, com todo a calma do mundo, mesmo que eu não leve nada. É como se fosse um showroom VIP só pra mim.

- Comprar um celular novo e configurar ele todinho, sem ler o manual. É o começo de uma nova amizade, eu e ele.

- Usar roupa vermelha. Levanta qualquer astral.

- Usar botas. Me sinto poderosa, quase militar.

- Frozen margaritas de morango. É morango. Tem álcool. É rosa. Perfection.

- Estourar sementinha de Maria-sem-vergonha. É o plástico-bolha da natureza, tem gosto de infância.

- Tomar banho de banheira. Quase um útero.

- Aquele pilequinho de sono que parece que vc vai cair antes de chegar na cama. Quase como voar.

- Ver uma joaninha. Joaninhas me parecem felizes e simpáticas. E têm bolinhas!!


:)


sábado, 19 de setembro de 2009

Prefiro ter um filho viado que um filho mecânico


Mecânico é uma raça escrota, puta que me pariu. Se vc for mulher, então, aí que o escroto se esmera pra ficar mais escroto ainda. Capricha na escrotice.

Pois bem, meu ar condicionado do carro quebrou. Claro, quebrou no começo do verão, né. No dia mais quente até agora. Porque, se não for assim, não tem graça. Qual a diversão de um ar condicionado quebrar no inverno? Dã.

Daí que não conheço porra nenhuma em SP, e qualquer oficina mecânica parece tão boa quanto qualquer outra, porque não tem ninguém pra me indicar um serviço de confiança e eu vou escolher pela conveniência, proximidade à minha casa, facilidade de achar endereço e telefone, etc.
E então o Le catou na net uma especializada em conserto/manutenção de ar condicionado, aqui perto (ou razoavelmente perto) de casa.

Liguei pra lá, o cara educado, falando direito... Beleza. Veio até buscar o carro aqui (não curto muito, fico nervosa com estranhos dirigindo meu carro, mas era bem mais prático, então deixei).

O cara me liga algumas horas depois, dá o orçamento, 280 reais. Disse que era problema no $%@#tato (não lembro do prefixo da palavra), que tinha que trocar o gás e o caralho a quatro.
"Beleza", pensei. Não é a coisa mais barata do mundo, mas de todos os problemas que podia ser, era o menos pior. Já cheguei a gastar 2 paus com o Brava numa troca de serpentina uma vez, que me obrigou a tirar o painel e tudo (nunca fica a mesma coisa depois...).
Sentindo que o deus responsável pelas surpresas desagradáveis tinha me dado uma folga, paguei em 2 vezes e fui lá retirar meu carrinho. O ar condicionado parecia ótimo, ligadão e bombando, super gelado. Supimpa.

Quando fui perguntar tim tim pot tim tim o que tinha acontecido com o carro, o cara veio me dando uma explicação super hermética e confusa (esses caras não gostam de entregar o jogo, impressionante. Eles são super vagos, e sempre me passam a impressão de serem desonestos ou de que não sabem nada do que estão fazendo). E começou dizendo que a pressão do gás estava errada, que aquilo não vem assim de fábrica e que alguém algum dia mexeu e fez um serviço porco.
Ora porra, comecei a me irritar. Pra começar que esse carro foi do meu irmão a vida toda, e só quem mandava consertar era meu pai. Segundo que meu pai entende pra caralho de mecânica, e nunca deixa o carro sem supervisão na mão de mecânico nenhum. Ele fica lá do lado, enchendo o saco e vistoriando o serviço. E terceiro que nem meu pai nem meu irmão nunca tinham mencionado QUALQUER problema EVER no ar condicionado. Com certeza eu saberia se tivesse acontecido.
Por essa, eu já fiquei meio puta com o caga-regra (que deu azar do meu pai ser super anal com essas coisas).
Mas enfim, não discuti.

Aí não sei porque, qual era o papo em questão, o cara soltou algo como "porque esse carro é 2001, então blá blá blá".
Eu (já ficando MAIS puta): _ Não, esse carro é 2004.
Ele: _ Não, é 2001, tenho certeza - dando aquele risinho debochado de quem diz "vai me enganar?"
Eu: _ E pq vc acha isso?
Ele: _ A placa é de 2001.
Eu: _ Meu amigo, o carro foi do meu irmão a vida inteira, eu fui comprar com ele na concessionária em 2004, zero km. O documento também diz isso. E a placa é do RJ.
Aí o cara (como cara de cu): _ Ah, é, bem.. Lá no Rio a numeração pode ser diferente.
Gee, you THINK? Fucking Genius.

Agora - adivinhem!! - o ar condicionado pifou de novo, e é esse merda que tá consertando meu carro.
"Por quê", vc pergunta?
Porque o conserto já foi pago, e está na garantia, e eu não vou pagar tudo de novo pra outro merda fazer.

Obviamente, o que foi "consertado" não estava quebrado, né, já que o problema persiste e continua igualzinho. Ou seja, sei lá como vai se fazer a respeito dessa "garantia". Quero só ver se o cara não vai inventar um OUTRO defeito, que em vez de me custar apenas a diferença ou a mesma coisa, vai me custar algo a MAIS.

Isso por quê? Porque mecânico não OUVE o que o dono do carro diz pra ele, se este dono for uma mulher. Porque eles acham que mulher não sabe porra nenhuma, não entende nada. E aí descartam o que a gente diz, o que a gente notou.
Se o imbecil tivesse, desde a primeira vez, OUVIDO quando eu falei pra ele que o ar parava de funcionar em engarrafamentos em dias quentes, ele talvez tivesse ligado a falha ao tipo de desempenho do motor (marcha lenta ou qualquer merda do gênero) ou à temperatura.
Eu não entendo o suficiente para saber em que esses fatores influenciam no mecanismo do ar, mas eu sou capaz de notar um padrão. E o padrão é: engarrafamento + calor = fudeu.
Quando o carro está andando e o dia está frio, o ar funciooooooooooooooona que é uma belezura, dá até gosto de ver.
Então supõe-se que não seja o gás, não é mesmo, CARALHO?

Ainda assim, eu dei o benefício da dúvida porque o carro já tem 5 anos e esse tipo de manutenção se faz de tempos em tempos mesmo. E porque - ha ha - o cara passou o carro numa [viadagem moderna] máquina de diagnóstico [/viadagem moderna], veja você.

Pois é. Hoje em dia não existe mais mecânico bom, existe o cara que faz o que a maquininha manda. O mecânicos de hoje não sabem mais descobrir defeitos. Antigamente, o cara tinha que manjar muito pra ser mecânico. Tinha que conhecer o sistema, saber pelo tipo de barulho e tipo de falha o que podia haver de errado. Hoje o cara liga uma "máquina que faz plim" e pá. O que sair ali no biscoito da sorte eletrônico é o que ele diz que é o defeito.

O mais legal é quando vc passa o carro na máquina, a máquina não acusa nada e diz que tá tudo joinha. E o carro continua dando defeito. E vc discutindo com o mecânico, ele jurando que seu carro tá bom, e ele não anda. Parece mentira? Não acredita? Fiquei 3 anos com um carro assim. Vendi sem conseguir resolver, porque todo mecânico recomendado passava na "máquina que faz plim" e garantia que tava OK, enquanto o carro se matava pra subir uma ladeira.
Deu pra entender porque eu ODEIO mecânicos? ¬¬

Agora a situação descrita acima se repete. A maquininha da sorte tá dizendo que o carro não tem nada, sendo que ontem eu voltei pra casa num forno ambulante, porque o ar parou bem num engarrafamento na Radial.
Mas hoje, paradinho na oficina e com tempo frio, tá lá funfando a todo vapor. Oi? Padrão? Que sei eu, uma motorista mulher, não é mesmo?

Pau no cu de todos os mecânicos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Não me sai da cabeça

Outro dia uma senhora idosa e bem vestida (conjunto de calça e bata, bolsa e sapatos combinando), com o cabelo bem pintado e escovado, me perguntou se eu podia dar uma ajuda para que ela pudesse comer um lanche.
Ou seja, me pediu esmola.

Na hora não dei, mas fiquei o dia todo pensando nisso, não me sai da cabeça.
Não sei se ela estava se fazendo de esperta (sem se dar ao trabalho de disfarçar a aparência? Por quê?), não sei se tinha algum problema (alzheimer?), não sei se é uma aposentada que gastou o dinheiro contadinho da comida com a tintura do cabelo...

Na hora, eu lembro de ter achado um absurdo, uma cara de pau sem tamanho. A gente está tão acostumado a ser enrolado, feito de besta, explorado, que a primeira coisa que vem à cabeça é que é malandragem.
E, na pressa do dia-a-dia (eu ainda tinha que passar em banco, fazer mil coisas), as nossas necessidades e compromissos parecem os mais importantes do universo, e qualquer coisa que nos atrase/atrapalhe é rotulada como inconveviente e sem importância.

Mas vai saber o que leva uma velhinha, que em teoria não deveria precisar disso, a pedir dinheiro para um estranho. Talvez estivesse mesmo precisando de ajuda e tenha achado que, por eu ser mulher, não seria ignorada. Deve ser mais difícil abordar um tiozão.
E eu agi igual a todo mundo. :-(

Devia ter parado e perguntado a ela o porquê. E dependendo da resposta, dado o dinheiro. Agora isso vai me atormentar pela eternidade. :-/

Fiquei deprimida com essa história. Que merda.

Sei lá. Pode ser só a culpa romanceando a lembrança verdadeira do ocorrido, mas agora tenho a impressão que ela estava meio desorientada.

Na hora eu só fiquei passada com a "cara de pau". Mas fico repetidamente me perguntando por que uma velhinha arrumadinha se prestaria à humilhação de pedir comida a um estranho na rua sem necessidade.

Pena que esses questionamentos não me vieram na hora, só agora.


Essa não é a primeira vez que eu, em meio à minha pressa (e por que não dizer, meu egoísmo) sou abordada por um idoso me pedindo ajuda e não ajudo. E me arrependo. E me culpo. E me agonio.

Uma vez, indo para a faculdade (atrasada, atrasadíssima), um senhor chegou junto à janela do meu carro (fechada, naturalmente) e falou alguma coisa. Supondo - provavelmente de forma acertada - que me pedia dinheiro, e sem me dar ao trabalho de virar para encará-lo, eu disse um "não" mal-humorado ainda de perfil.
Quando me virei e olhei, ele, com lindos olhos azuis, me sorria e disse algo como "vá com deus, bom dia pra vc!". E o pior é que não foi de uma forma irônica. Foi uma simpatia que me pareceu espontânea (talvez não especialmente para mim, mas uma postura positiva de forma geral), e deixava claro que não havia tomado minha recusa como pessoal; era apenas rotina pra ele, que não parecia perder tempo nem energia guardando rancor das pessoas que não o ajudavam.

O sinal abriu, eu fiquei alguns segundos indecisa, desarmada, confusa, até que alguém buzinou. Acelerei e parti com o carro, seguindo-o como o olhar pelo retrovisor, como que tomando conta para garantir que chegasse em segurança à calçada. Até perder de vista. E aí eu chorei. Muito. Fui até a faculdade chorando copiosamente dentro do carro.

Alguma coisa, no momento em que ele agiu de forma diferente do que eu esperava, me desestruturou. Eu esperava um resmungo, um dar de ombros, ou até uma atitude hostil. Não um sorriso, não uma atitude conformada, não uma gentileza sem ironia, sem falsidade, sem raiva contida.
Eu, no entanto, agi exatamente como ele esperava. Sem surpresas do lado de cá. Mais uma recusa automática de alguém que ele não conhecia e não parecia culpar.

Assim que saí da aula, liguei para minha mãe, que trabalhava perto do local do encontro, e contei o que aconteceu. Chorei de novo ao telefone. Um misto de culpa, vergonha, pena... Tanta coisa junta que nem sei. Ela me prometeu que passaria lá na saída do trabalho e daria dinheiro a ele. Isso me acalmou.
Quando cheguei em casa, soube que ela não o havia encontrado. Mas havia parado no posto próximo ao sinal, e perguntado sobre ele. Os frentistas informaram que ele de vez em quando ficava ali, que já o haviam visto antes. Então, era questão de tempo até uma de nós topar com ele, aparentemente.
Como era meu caminho, passava pelo local todo dia, sempre procurando por ele. Nunca mais o vi. Várias semanas mais tarde, calhou de minha mãe encontrá-lo. Como ela prometeu, deu-lhe dinheiro. Recebeu o mesmo sorriso e a mesma simpatia que eu, quando não lhe dei nada.

Apesar de saber que nada disso resolve nada, o desfecho da história do velhinho aplacou minha culpa, diminuiu o aperto no peito. E me deu uma sensação de lição aprendida, me fez querer ser menos egocêntrica e menos egoísta.

E aí, 20 anos depois, depois de uma segunda chance, estou eu aqui, me sentindo igualzinha a antes. Com a diferença que desta vez estou impotente, não posso tentar desfazer o resultado do meu descaso e da minha insensibilidade. A velhinha agora não pode ser rastreada, encontrada. Foi alguém que me pediu ajuda puramente por acaso, com quem eu não vou encontrar de novo.

Duas décadas depois, e em que eu mudei? O que eu aprendi?

terça-feira, 24 de março de 2009

Anúncios imbecis

Eu já tenho birra com anúncios, de maneira geral. Porque dizer que anúncio é imbecil, é quase um pleonasmo (fodam-se os publicitários, é isso mesmo. Anúncio inteligente é raridade).

Agora, tem uns que deveriam ganhar prêmio do maior busto de Napoleão da propaganda.

Exemplo: um canguru (ou um coelho, sei lá que porra é aquela) que chega com uma gata em casa, todo taradão (tenho certeza que ia rolar um sexo animal inter-espécie ali), e de repente nota que a casa está fedendo, o que atrapalha a foda.

Aí o que acontece? Mostra-se o excelente produto mega-supimpa: o desodorizador automático! Porque é isso que vc precisa, se vc é um tarado, fedido e porco que tem sua foda empatada pelo mau cheiro da sua falta de higiene. Coloca o spray automático lá, que a nhaca da sua casa fica resolvida e vc pode comer todo mundo sem problemas. 

Além de nada ter a ver com porra nenhuma, o produto ainda tem a sutileza de acionar o spray a cada 9, 18 ou 36 minutos! Não é legal???? Porque que graça teria se fossem números redondos, tipo 10, 20 ou 40 minutos, né?

Junte os fatos bizarros como 2 bichos idiotas, o cenário psicodélico, a trama cretina, e vc começa a pensar que o pessoal que criou o anúncio andou cheirando muito Gleid.

Aliás, nem sei a porra da marca do produto. Sei lá se é Gleid, Bom Ar, whatever (por aí vcs vêem como o anúncio é bão, hein? Nem consegui gravar a marca do troço...).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Kabuki - Eu queeeeeeeeeero!!

Ok, eu tô numa fase maquiagem. Cismei.
Sei lá, chamem de vício, hobby, maluquice, whatever. Cismei mesmo, gamei nessa de maquiagem mineral. Podia estar roubando, cheirando maconha, fumando cocaína ou gastando o dinheiro do aluguel no Bingo. Mas em vez disso, estou ampliando minha coleção de cosméticos supimpas.

Para piorar as coisas, tem bilhões de sitezinhos espalhados por aí que oferecem amostras grátis, justamente para vc ficar gamada no produto e depois simplesmente precisar ter tudo.
Óbvio, tudo no exterior. Ganha-se as amostrinhas, mas paga-se o frete. Vale a pena.

Acontece que eu vejo TANTA coisa bacana que aqui custa o triplo ou mais (isso quando existe por aqui, né) e que nem tem como pedir!
Sacanagem... :(


Esse kit de pincéis Kabuki para maquiagem mineral, por exemplo. 10 míseros dolarezinhos... Mas o Target não faz entregas internacionais, e os que eu tenho visto por aqui são bem mais ou menos, ou caríssimos.. E não são esses. Snif. Chuif.

O mundo não é justo mesmo, viu.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Eu quero!

Esta é a Private Cloud, uma cama de balanço. 
Caramba... Dormir nisso deve ser o máximo!
Quer dizer... Se não der enjôo.






Novidades!

Ano novo, vida nova? Caramba, dessa vez, o ditado parece estar certo. Pelo menos neste começo de ano, mudou muita coisa.

  • Pela primeira vez em 30 e poucos anos, o Le não precisa mais de óculos ou lentes para enxergar.
Fizemos a cirurgia no Rio, durante as férias. 15 dias depois da operação, a recuperação parece bastante satisfatória. 
Ele reclama um pouco (ansioso que só) do progresso, mas eu já vejo a diferença que isso vai fazer na qualidade de vida dele. Tô impressionada como ele lê coisas pequenas á distãncia, fica no computador e lê E-books com facilidade.
Agora é só torcer para zerar o grau, porque eu sei que ele não aceitará nada menos que a perfeição absoluta. rs Mas algo me diz que vai dar certo.

  • Outra grande novidade é que troquei de carro.

Pois é... Meu neném ficou lá no Rio, para o meu pai vender. Deu pena... Excelente carro. Confortável, luxuoso, confiável. Companheiro fiel de muitos anos, nunca me deixou na mão. Eu realmente amava aquele carro, e já chorei muito por ter de me despedir. Bobeira? Pode ser, mas é como me senti.
Eu nunca tinha tido vontade de trocá-lo antes. Sempre que pensava no assunto, acabava desistindo. Mas depois de 8 anos, até uma simples manutenção periódica começa a ficar complicada e custosa. Então, era hora.

Por outro lado, o carro "novo" é super legal. Peguei o Honda Fit que era do meu irmão. Também vermelhinho (que bom!!!), uma graça. Tô gostando bastante do carrinho, super gostoso de dirigir.
Acho que seremos bons amigos. :)




Bye... :-*

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

2009

Mais uma virada, mais um ano, blá blá blá.

Não que eu ache que passar da meia noite de um 31 de dezembro faça alguma diferença cósmica e existencial, ou que essa passagem seja algo que mude a nossa vida e nossas experiências... Mas não deixa de ser um marco simbólico para renovar os planos, fazer uma avaliação, etc.

Apesar de saber que não muda nada e achar deveras babaca criar expectativas baseadas apenas numa mudança de data, é meio difícil não se deixar influenciar pela tradição de "Ano Novo, vida nova".

Eu gosto bastante da minha vida com ela é, mas isso não quer dizer que não possa melhorar. E, muito contrariada, me pego fazendo resoluções de Ano Novo.

Contrariada não pelas resoluções em si, mas por cair no vício de fazê-las na passagem de ano. Fico com aquela impressão de "começo a dieta na segunda"...