sexta-feira, 12 de novembro de 2004

Eu sou contraditória, insegura, volúvel e incoerente.

Às vezes a gente fala uma coisa de maneira casual, natural, e tem uma epifania.
Eu estava comentando no blog de um amigo hoje quando, ao reler as palavras antes de postar, vi que, de maneira simples, havia me resumido.
Essas palavras viraram o título deste post.

Eu não consigo ter uma música preferida, um filme preferido, um livro preferido (jamais conseguiria conceder uma daquelas entrevistas em que a gente tem que ter a resposta pra tudo isso na ponta da língua).
As minhas preferências mudam com minha idade, com a fase da vida em que me encontro, e até com meu humor. Eu hoje digo que gosto de uma coisa, amanhã posso não gostar mais. Ou o contrário.
Também posso apreciar coisas contraditórias e extremos, quando a maioria das pessoas opta por um ou por outro. Ou oscilar entre eles, sem saber qual prefiro.
Me reservo o direito de mudar de idéia quantas vezes quiser. De preferência, à medida que amadureço ou me aprofundo em determinados assuntos. Outras vezes, por puro capricho ou impaciência.

Por um lado, eu sou feliz assim. Me divirto com minhas idéias e raramente sinto tédio, pois consigo fazer novas leituras das mesmas coisas, rever meus conceitos.
Por outro, isso gera indecisão e uma certa insegurança. Mas são ossos do ofício.

Essas regras se aplicam a coisas e conceitos, pessoas são diferentes. Eu sou leal às pessoas que eu gosto, sou fiel, sou generosa.
Por isso eu gosto de tão poucas.

2 comentários:

homempasmado disse...

Dois pensamentos:
1. Quem se questiona, não pára.
2. A amizade é preciosa (e exigente) demais para se banalizar.

Tchau.

Anônimo disse...

Milena, não concordo nem discordo com você. Muito pelo contrário. :^P