segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Rambling...

Em primeiro lugar, peço desculpas pelo post meio sem propósito, mal amarrado. Mas é a primeira vez que escrevo aqui, depois de um tempão... E apenas estou escrevendo o que vou pensando e sentindo.

Muita coisa mudou na minha vida no ano de 2005. Foi um período muito difícil. Houve sofrimento, houve aprendizado, houve decepção, houve surpresa, e houve também felicidade. Mais do que nunca, eu vi que é preciso lutar pela felicidade, que as coisas têm um preço. Até então, tudo sempre tinha vindo de graça pra mim, ou me custado muito pouco.

De alguma forma, eu hoje acho que sou uma pessoa melhor e mais completa, mais preparada para entender e apreciar o valor das coisas. O que é importante para mim, nunca mais vai escorrer pelos meus dedos.

O ano está acabando, finalmente. Em 2006, começa uma nova fase. Vou dar um rumo para a minha vida, cuidar de mim mesma. E cuidar de outra pessoa. Uma pessoa especial, um anjo caído do Céu que aterrissou no meu colo.


Os anjos tomam conta da gente, resolvem todos os problemas. Estão sempre alerta, não podem relaxar. Ninguém se lembra que anjos têm necessidades, e também sentem cansaço e solidão... Mas eu lembro. E vou cuidar do meu pra sempre.

Que acabe logo esse ano que eu nunca vou esquecer, e comece o novo.



Underneath your clothes - Shakira

You're a song
Written by the hands of God
Don't get me wrong 'cause
This might sound to you a bit odd
But you own the place
Where all my thoughts go hiding
Right under your clothes
Is where I'll find them


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things, I deserve
For being such a good girl, honey.


'Cause of you
I forgot the smart ways to lie
Because of you
I'm running out of reasons to cry
When the friends are gone
When the party's over
We will still belong to each other


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
There's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl, honey


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl
For being such a hey,hey,hey,hey


I love you more than all that's on the planet
Movin' talkin' walkin' breathing,
You know it's true
Oh baby it's so funny
You almost don't believe it
As every voice is hanging from the silence
lamps are hanging from the ceiling,
Like a lady tied to her manners
I'm tied up to this feeling.


Underneath your clothes
There's an endless story
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl, honey.


Underneath your clothes, Ah wha ho oh woah!
There's the man I chose
That's my territory
And all the things I deserve
For being such a good girl
For being such a good girl.

10 comentários:

homempasmado disse...

Olá,


Tenho vindo de vez em quanto ao teu blog para ver se tinhas escrito algo!

Fico contente que o tenhas feito, mas, apesar de te desejar toda a felicidade, não posso (ou melhor, não quero) deixar de comentar algumas coisitas.

Provavelmente não vais gostar, mas já estou habituado a quem não gostem do que digo :-(

Cá vai:

"...eu vi que é preciso lutar pela felicidade, que as coisas têm um preço. ..."

- Têm mesmo e se te caiu no colo, não lhe darás o devido valor.


--//--


"... Vou dar um rumo para a minha vida, cuidar de mim mesma. ..."

- Fazes bem. Para dar felicidade é essencial ser feliz primeiro. O que é uma coisa tramada!


--//--


"... E cuidar de outra pessoa. ..."

- Fazes mal, cada pessoa deve cuidar dela própria. Exceptuando as crianças, é claro.
Infelizmente, há muita criança grande.
Não só os que querem ser cuidados, mas também aqueles que necessitam de cuidar.


--//--


"... Uma pessoa especial, um anjo caído do Céu que aterrissou no meu colo. ..."

- Pois é, caíu no colo...
Parece que substituíste uma pessoa por outra. Que concretizaste em outrém a tua felicidade.
Será que para a pessoa anterior, também esparavas muito?

A felicidade depende de nós. Se não formos capazes de a concretizar sozinhos, substituiremos uma ilusão por outra.

Se pões a tua felicidade nas mão de outra pessoa, arriscas muito, pedes muito, talvez algo até, que não tens o direito de pedir.



--//--


"Nunca" e "para sempre" são expressões a usar com extremo cuidado!


--//--



P.S. - É verdade, o blog é teu e podes resmungar quanto quiseres.
Mas como é público, e aberto a comentários, também eu resmungo...

:-)

Fica bem!

homempasmado disse...

Oi,

Enviei comentário há uns dias atrás e ainda não apareceu no blog!

Foi censurado?

:-(

Milena disse...

Não, eu estava viajando. Não costumo censurar comentários, a menos que sejam grosseiros e sem conteúdo. Depois respondo, agora estou com pressa!

Milena disse...

Olá, Homempasmado

Finalmente respondendo:

Posso não concordar com o que vc diz, mas não tenho sentimentos a respeito. Apenas não vemos as coisas da mesma maneira, e acho que vc às vezes deixa escapar o sentido por trás do significado literal do que eu digo.

Quanto a cair no meu colo, eu falava de chance, de oportunidade. As circunstâncias em que encontrei essa pessoa eram extremamente improváveis de acontecer. Por “cair no colo”, não entenda que não tenha me custado nada. Rs... Muito pelo contrário.

Sim, vou cuidar de mim mesma. Por muito tempo, pensei mais no bem estar de outra pessoa do que no meu, e isso está errado. Mas não acho que pensar somente em nós mesmos, negligenciando quem amamos, seja a alternativa ideal. Acredito que cada pessoa também precise de carinho e atenção, incentivo, cumplicidade, amizade. Quando digo cuidar, não quero dizer tomar conta, como o faria com uma criança. Digo cuidar no sentido de dar valor, de prestar atenção, de não negligenciar. E isso eu vou fazer.

Não substituí ninguém, pois acredito que cada pessoa tenha o seu lugar no passado e no coração daqueles que passaram por sua vida. E as únicas coisas que sempre “pedi” a quem estava comigo, foram amor e respeito.
No mais, não concordo que a felicidade tenha que ser encontrada na solidão, nem que a felicidade advinda do amor e de uma união feliz seja uma ilusão. Perdão pelo clichê de minha parte também, mas “nenhum homem é uma ilha”. O ser humano precisa de companhia para ser feliz e eu, como a maioria das pessoas, espero poder formar uma família, com um companheiro e filhos.
Se vc diz que é preciso gostar de si mesmo para ser feliz gostando de alguém, então concordo. Nós precisamos ter amor próprio, ser independentes em vários sentidos. Mas duvido que uma pessoa assim, que tenha passado só pela vida, seja tão feliz quanto uma com os mesmos atributos, que tenha alguém para amar e para amá-la.
Para mim, amor é SOMA, e não subtração.

“Nunca”e “para sempre” são expressões usadas para passar uma idéia ou intenção, e nem sempre são usadas no sentido literal. Quando digo que vou ficar com alguém para SEMPRE, obviamente esse é o meu desejo. Há variáveis e condições que podem mudar o andamento das coisas, e ninguém está tão ciente disso quanto eu.. Mas, se eu me caso com alguém, é com a intenção de que seja para sempre, sim. É porque tenho certeza dos meus sentimentos, porque acho que aquela é a pessoa certa para mim e porque temos o potencial de ficarmos juntos e sermos felizes, sem prazo de validade.
Podem existir pessoas que não encarem relacionamentos desta maneira; bom se funciona para elas. Não por coincidência, as (poucas) pessoas com quem me relacionei pensam da mesma forma que eu.

A minha felicidade não está na mão dessa outra pessoa, mas sigo mais feliz quando andamos de mãos dadas.

homempasmado disse...

Olá,

Basicamente concordo com o que disseste! :-)

Talvez te possa fazer o mesmo reparo que me fizeste e dizer-te que provavelmente "...deixa escapar o sentido por trás do significado literal do que eu digo..."

Mas, não vale a pena andarmos a "bater nessa tecla" ;-)

--

É sempre um risco comentar sobre as palavras de outra pessoa quando pouco a conhecemos e quando, sobre o assunto em questão, se sabe tão pouco.

Não assumi que a minha interpretação fosse a "correcta", mas apenas uma que era plausível face à minha experiência pessoal e à informação que disponibilizaste!

Ainda bem que não era "correcta"...

--

Quanto à censura, pensei de facto que, pelo que li do teu blog e dos comentários que lá estavam, não eras dada a censuras só porque não gostas do conteúdo do texto.

Perdoa a minha precipitação em ter perguntado! :-(

--

Felicidades para a tua vida futura e continua escrevendo!

Tchau.

:-)

Anônimo disse...

Chato mesmo é gente que acha que está habilitada a dar "conselhos" (que quase sempre soam como verdades absolutas) sobre a vida dos outros, a partir de comentários superficiais num blog.

Repetidas vezes, inclusive.

Acho que vou chamar a isso "síndrome de Confúcio". Tem gente que acha que é tão habilidosa em lidar com a vida, que não consegue evitar de "dar aulas" sobre "como viver", mesmo que não solicitado a fazê-lo.

Se você acha seus conselhos tão valiosos, encaderne e venda. Se está distribuindo de graça, é porque, no mais recôndito da sua alma, você sabe que ninguém daria nada por eles.

Resumindo: puta arrogância achar que pode dar aulas sobre vida pra quem nem sequer te pediu...

homempasmado disse...

Oi Leandro.

Tendo em conta que os comentários não te eram dirigidos, que eu também não tos pedi, talvez possas seguir o teu conselho sobre dar conselhos.

Ou seja, será que os teus comentários, que tu tão generosamente deste de graça, não caem na categoria que criaste para eles?

--

Cá por mim, até gostei de ler o que escreveste.

--

Quanto ao encadernar, tou a fazer isso mesmo. Um dia, quando estiver pronto, tentarei que alguém compre.

Se ninguém der valor, paciência...

--

Quanto aos recônditos da minha alma... bem, como não sei se tenho uma, não posso avançar muito sobre o que por lá anda.

Mas, assumir que o que se partilha de graça, tem menos valor do que o que é pago, é redutor e, como disseste, "superficial".

--

Assumo que, se uma pessoa tem um blog em que partilha partes da sua intimidade e se os comentários estão activados, então, essa pessoa está a fazer um convite aos leitores para comentar, dar conselhos ou o que quer que lhes passe pela cabeça, desde que, é claro, se mantenha o respeito por quem se expõe inicialmente.

Se a Milena não quiser receber mais comentários meus, só tem de o dizer.

--

Assumo também que, quem comenta, está por sua vez, exposto a comentários como os que fizeste.

Independentemente de gostar ou não, tens o direito de os fazer e não te considero arrogante por isso.
Quando muito, equivocado.

--

Tchau

Anônimo disse...

Nota: o único momento no qual usei um imperativo, no meu comentário prévio, foi numa frase irônica, que realmente não tinha a intenção de dizer a ninguém o que fazer.

A presença de imperativos é o que distingue uma "opinião" de um "conselho" cheio de "experiência de vida"; quando se dá uma opinião, não os usamos. Mas com certeza, não estou dizendo nada de novo.

Enfim, concordo que um blog é um convite; como este convite é interpretado diz muito sobre a personalidade de quem o aceitou.

Por último, sua conclusão final não é verdadeira; sou arrogante, mas não estou equivocado sobre o valor que você acha que seus "conselhos" têm. Tanto que você está escrevendo o livro...

Milena disse...

"Se a Milena não quiser receber mais comentários meus, só tem de o dizer."

Por mim, podem continuar postando. Acho divertido ler a discussão de vcs. :)

homempasmado disse...

Oi Leandro.

Eu interpretei todo o post como um imperativo (mal, talvez…).

Aliás, até apontei o que me parece uma incoerência: a crítica, da forma como foi feita, coloca a pessoa que critica “no lugar” da pessoa criticada.

Ou seja: se, da forma como escreveste, demonstras ter o que chamas “complexo de Confúcio” e uma “...puta arrogância achar que pode dar aulas sobre vida pra quem nem sequer te pediu...”

Então, criticas o quê? Se fizeste o mesmo, ou pior.
Estavas a fazer autocrítica?

Também me pareceu que o comentário vinha carregado de negatividade.
Posso ter sido “imperativo” nalguns comentários à Milena, mas não fui arrogante nem irónico.

Não fui arrogante, porque apesar de acreditar no que disse e de o ter assumido claramente (em vez de andar com rodeios), assumo que posso estar enganado.
Embora, ao reler a forma como escrevi, admito que o poderia ter feito muito melhor. Agradeço-te por tornares a questão mais clara para mim. :-)

E não fui irónico, pois, apesar de aceitar o “convite” da Milena para comentar, não tenho “confiança” com ela para ironizar!

--

A tua questão sobre imperativos/opinião/conselhos está a fazer-me pensar no assunto. Gostei.

Embora me interrogue se, no contexto, a opinião e o conselho não serão sinónimos, tornando assim a questão do imperativo irrelevante!

--

Eu não neguei nem defendi, que os “meus conselhos” fossem desprovidos de valor. O que questionei foi a tua afirmação de que o Valor do conselho está relacionado com o seu preço!

Acredito que a minha experiência de vida e que o que aprendi, têm valor.

Assumo isso sem complexos nem falsas modéstias. Não tenho vergonha, nem do meu conhecimento, nem da minha ignorância! (mas tenho vergonha da minha estupidez)

Como vês, a minha conclusão (que não escrevi como sendo) é verdadeira (agora)!
Estavas equivocado!


P.S.1
É engraçado que o último post da Milena (considerações…) aborda esta questão por outro prisma.

P.S.2
Provérbio iídiche: Demasiado humilde é meio orgulhoso.

Tchau